A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, destacou a importância de estreitar as relações entre Brasil e Colômbia, após o encontro nesta quarta-feira com o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em Brasília.

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Na saída do compromisso, ela conseguiu evitar perguntas polêmicas sobre a nova denúncia envolvendo a quebra de sigilo fiscal da empresária Verônica Serra, filha do presidenciável do PSDB, José Serra. A assessoria de imprensa de Dilma encerrou a entrevista coletiva na porta da embaixada da Colômbia antes que as perguntas avançassem para os temas embaraçosos.

A alegação foi de que a entrevista seria encerrada a pedido dos jornalistas colombianos, que tinham de sair mais cedo para cobrir o encontro de Santos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agendado para 11h30min.

Documentos da investigação feita pela corregedoria da Receita Federal mostram que o sigilo de Verônica Serra teria sido violado no dia 30 de setembro de 2009, na delegacia do órgão em Santo André (SP).

Ontem, em entrevista ao Jornal da Globo, Serra classificou de “ato criminoso” a quebra do sigilo fiscal de sua filha e responsabilizou a campanha de Dilma.

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– Utilizar filho dos outros para ganhar a eleição é uma coisa que eu só tinha visto o Collor fazer com o Lula, lembra? – disse o tucano.

Com o encerramento antecipado da entrevista, só houve tempo para repercutir a conversa da candidata com o chefe de Estado colombiano, que ela classificou de “excepcional”. Segundo a petista, ambos compartilham a visão de que esta é a “década da América Latina”, de fortalecimento e desenvolvimento dos países da região. A Colômbia não faz parte do Mercosul e, nos últimos anos, manteve laços mais estreitos com os Estados Unidos e o México, no âmbito da comunidade andina de comércio.