A presidente Dilma Rousseff participa da Cúpula do Mercosul em Montevidéu, no Uruguai. Juntamente com vários líderes regionais, ela formaliza a declaração de repúdio ao esquema de espionagem dos Estados Unidos a cidadãos americanos e estrangeiros, conforme denúncias do ex-consultor Edward Snowden. Ao chegar na quinta-feira à capital uruguaia, Dilma defendeu a iniciativa dos presidentes da região.

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Ela disse que é uma posição correta o ato de repudiar o esquema de espionagem, que viola os direitos humanos, a privacidade e a soberania dos países. Segundo a presidente, todos os países que se consideram democráticos devem aderir à declaração de repúdio preparada para esta sexta-feira.

Dilma e o presidente uruguaio, Pepe Mujica. Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, suspenso provisoriamente. O bloco representa aproximadamente 80% do Produto Interno Bruto (PIB), 72% do território regional, 70% da população, 58% dos ingressos de investimento estrangeiro direto e 65% do comércio exterior regional.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou a negociação dos países da América Latina para a adoção de uma posição conjunta de repúdio ao esquema de espionagem americano. Na quarta-feira, os governos da Colômbia, do México, Chile, Equador e da Argentina condenaram o monitoramento externo e cobraram explicações dos Estados Unidos.

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Dilma viajou acompanhada pelos ministros Antonio Patriota, Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Helena Chagas (Comunicação Social).

Durante as reuniões desta sexta, os presidentes conversaram também sobre o processo de adesão da Bolívia e do Equador, além da Guiana e do Suriname como membros associados. Os processos envolvendo a Bolívia, a Guiana e o Suriname estão em estágio avançado.