Com investimento total previsto em R$ 597 milhões, a travessia é estratégica para Santa Catarina.
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Ao comentar durante a entrevista exclusiva ao Grupo RBS, na quarta-feira, que gostaria de conferir pessoalmente a maior obra pública em andamento hoje no Estado, a presidente Dilma Rousseff direcionou novamente os holofotes para a ponte Anita Garibaldi, em Laguna. Com investimento total previsto em R$ 597 milhões, a travessia é estratégica para Santa Catarina e, depois de um ano e um mês de trabalho, está 48% concluída.
Na conversa com os jornalistas no Palácio da Alvorada, em Brasília, Dilma fez menção, inclusive, aos que estavam céticos em relação ao cumprimento do cronograma estabelecido pelo governo federal. “E teve gente dizendo que não ia sair, não é”, afirmou, em resposta a um questionamento da colunista de Brasília, Carolina Bahia, sobre sua próxima visita oficial a Santa Catarina.
É com expectativa que o Estado receberá a comitiva governamental no próximo dia 26, em missão oficial anunciada pela própria presidente na conversa com os comunicadores da RBS e cuja agenda ainda será detalhada formalmente pelo Palácio do Planalto. Afinal, o ceticismo criticado pela presidente, ainda que sutilmente, tem fundamento. E por várias razões. Um deles, e talvez o mais relevante, é a péssima imagem de gestor do poder público – historicamente relapso e negligente nos prazos estabelecidos, sem contar os estouros orçamentários que desrespeitam e revoltam os contribuintes. No caso da ponte de Laguna, a incredulidade da população é alimentada também pela rotina de anos e anos de transtornos causadas pelos gigantescos congestionamentos, especialmente nas vésperas de feriados e durante as cobiçadas temporadas de verão.
As palavras de Dilma servem, portanto, de alento e de esperança aos catarinenses de que a metade restante dos trabalhos da ponte seja resolvida em no máximo um ano e meio – tempo máximo definido pelo contrato assinado entre a União e a empresa responsável. Tendo em vista o andamento acelerado da obra, a expectativa do Planalto, inclusive, é de inaugurá-la antes da data marcada inicialmente. Ao Diário Catarinense, o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Tubarão, Avani Aguiar de Sá, afirmou que “daqui para a frente a obra vai andar cada vez mais rápido”. É o que Santa Catarina espera.
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