A presidente Dilma Rousseff (PT) evitou, neste domingo, comentar o cenário da corrida eleitoral após a entrada oficial de Marina Silva (PSB) na disputa pelo Planalto.

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– Estou muito mais preocupada com a minha campanha – afirmou, em entrevista coletiva concedida no Palácio da Alvorada.

A presidente destacou a necessidade de aproveitar a propaganda eleitoral na TV, onde dispõe de mais tempo do que os rivais, para fazer uma “prestação de contas” do seu governo.

– Hoje, uma filha de pedreiro pode virar doutora. Hoje, você vê uma empregada doméstica viajando de avião – disse Dilma.

Sem citar os nomes de Marina Silva e Aécio Neves (PSDB), Dilma rebateu as críticas dos adversários, que questionam sua capacidade de gestão, em especial pelo ritmo baixo da economia, e a necessidade do país ser governado por uma “gerente”. Para a petista, é fundamental concluir obras de rodovias, aeroportos, portos e ferrovias, além de acompanhar os programas sociais.

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– O pessoal está confundindo o Presidente da República com algum rei ou rainha de um país com monarquia constitucional, onde, de fato, ele só tem o poder de representação. Não é questão de ser gerente ou não, um presidente é executor também.

A presidente ainda preferiu não comentar, ao ser questionada, se Marina, ministra do Meio Ambiente por cinco anos durante o governo Lula, era uma boa gestora.

Petrobras

Dilma também evitou comentar a decisão do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que aceitou colaborar com a Polícia Federal para ter uma eventual pena atenuada. A presidente voltou a defender a imagem da petroleira.

– O Brasil e nós todos temos de aprender que, se as pessoas cometeram erros, atos de corrupção, isso não significa que a instituição tenha feito isso.

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Getúlio Vargas

No dia em que se completa 60 anos da morte do ex-presidente Getúlio Vargas, Dilma convidou para almoçar no Alvorada o escritor Lira Neto, biógrafo de Vargas. Dilma elogiou ações do político gaúcho, como a criação da Petrobras e o incentivo para siderurgia nacional. Para ela, o suicídio do ex-presidente, em agosto de 1954, evitou o golpe militar dado 10 anos mais tarde.

– O ato de Getúlio (o suicídio) desafiou o Brasil inteiro, provocou comoção nacional. Ele evitou o golpe que ocorreu 10 anos depois.