Rodeada de apoiadores, a ex-presidente Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feira (22), de seminário organizado pelo PT e pelo PC do B na sede da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi), em Porto Alegre. Ela chegou às 11h50min e, durante 40 minutos, defendeu a inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um auditório lotado.
Continua depois da publicidade
Assim que pisou no segundo andar, onde ocorre o evento Diálogos Internacionais pela Democracia, com representantes sindicais e partidários de países como Argentina, Uruguai, Espanha e República Dominicana, Dilma foi aclamada. A ex-chefe de Estado caminhou até o palco, onde falou sobre o julgamento do recurso de Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), marcado para quarta-feira (24).
—Lula é inocente e está sendo considerado culpado. Para nós, ele é inocente, e a pessoa inocente pode recorrer — disse a petista, destacando que todos os recursos possíveis serão adotados em caso de derrota.
Dilma também afirmou que o PT “não tem plano B” para o caso Lula ficar inelegível, hipótese que, aliás, ela não admite.
—Por isso precisamos lutar para que Lula, em todas as instâncias, seja defendido — ressaltou.
Continua depois da publicidade
O evento prossegue até as 17h30min. A abertura foi feita pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que voltou a citar a condenação de Lula a nove anos e seis meses de prisão como continuação do processo de impeachment sofrido por Dilma. Para a presidente do PT, o país está em uma encruzilhada onde há apenas dois caminhos possíveis:
— Desde o golpe da presidente Dilma, o Brasil foi jogado na instabilidade. Agora, cabe a nós defender a jovem democracia com vontade de mudança, ou cruzar os braços e ver o golpe se concretizar — afirmou Gleisi.