A presidente Dilma Rousseff disse, nesta quarta-feira, que, neste ano, o governo vai buscar uma racionalidade nos tributos. O comentário foi feito durante discurso da presidente na 40ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
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– Neste ano buscaremos isso: racionalidade nos tributos. Não temos todo o dinheiro do mundo para fazer desoneração, mas, no ano passado, fizemos desonerações significativas, o que não conseguimos fazer é tudo de uma vez só. Não é razoável, provoca desequilíbrio – disse.
Dilma Rousseff voltou a destacar os programas de investimentos em rodovias, ferrovias e portos, dizendo que espera que esse esforço tenha resultado.
– Acreditamos que o modelo de rodovias é simples, já testado. Precisamos de ferrovias, é impossível continuar transportando minério, impossível continuar transportando grãos, só por estrada, temos de ter ferrovias e hidrovias. Estamos fazendo 10 mil quilômetros de ferrovias para quem tem o que temos, mas para o que precisamos é pouco. Essa é a primeira etapa do programa, teremos de fazer uma segunda – afirmou.
Segundo a presidente, o governo está consciente de que o volume de investimentos necessários em infraestrutura é vultoso e por isso é importante que os investimentos sejam bem feitos, com estabilidade jurídica clara, remunerado devidamente, com financiamento de longo prazo.
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– Já temos estrutura de financiamento e vamos buscar novas formas e instrumentos. Temos de ter taxas compatíveis com financiamentos de 35 anos – explicou.
Sobre portos, a presidente Dilma defendeu que as mudanças previstas na medida provisória 595 não retiram direitos de trabalhadores e sim implicam em abrir a concorrência do setor. Conforme a presidente, é preciso abrir os portos e que o Brasil tem custos desnecessários nos portos, reiterando que é imprenscindível que o país tenha uma estrutura regional de aeroportos. Ao falar da questão da energia, a presidente lembrou que há a previsão de três leilões para este ano.
– Vamos manter as licitações de energia elétrica, vamos dar esse ano uma importância estratégica para a questão do etanol – garantiu.