A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira ser contra o combate à inflação com políticas que levem à redução do crescimento econômico.
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– Não concordo com políticas de combate à inflação que olhem questão da redução do crescimento econômico, até porque nós temos uma contraprova dada pela realidade – disse a presidente em Durban, na África do Sul, onde participa da 5ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O país teve baixo crescimento econômico e aumento da inflação no ano passado, segundo Dilma, porque houve choque de oferta devido à crise mundial e não há nada a se fazer internamente, além de expandir a produção das commodities para conter o aumento dos preços das matérias-primas.
– Esse receituário que quer matar o doente em vez de curar a doença, ele é complicado, você entende? Eu vou acabar com o crescimento do país? Isso daí está datado. Isso eu acho que é uma política superada – disse a presidenta em entrevista coletiva.
Ela ressaltou, no entanto, que o governo está atento e acompanha “diuturnamente” a questão da inflação. Quanto à uma possível relação entre a situação de pleno emprego e aumento da inflação, Dilma Rousseff disse que o governo e empresários têm trabalhado para que não aconteça.
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– Nós temos uma demanda grande por emprego especializado, de maior qualidade, e temos uma sobra de emprego não especializado. Estamos fazendo junto com o setor privado, um grande programa de formação profissional – disse Dilma, acrescentando o governo está desonerando a folha de pagamento para diminuir a pressão sobre o custo do trabalho.