A presidente Dilma Rousseff destacou nesta noite de terça-feira, em um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, que a Copa do Mundo fez com que o governo apressasse obras e serviços que já estavam previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destacando a construção, ampliação e reformas de aeroportos, portos, viadutos, sistemas de transporte público.
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– Fizemos isso, em primeiro lugar, para os brasileiros. Tenho repetido que os aeroportos, os metrôs, os BRTs e os estádios não voltarão na mala dos turistas – disse.
Dilma lembrou que as obras trarão bons resultados para todos os brasileiros.
– Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida.
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A presidente disse que os novos aeroportos não eram uma necessidade apenas para receber os turistas. Mas, argumentou, com o aumento do emprego e da renda, o número de passageiros mais que triplicou nos últimos dez anos: de 33 milhões em 2003, para 113 milhões de passageiros no ano passado, e deve chegar a 200 milhões em 2020.
– Por isso, precisávamos modernizar nossos aeroportos para, acima de tudo, melhorar o dia a dia dos brasileiros que, cada vez mais, viajam de avião.
Dilma destacou, ainda, que além das obras físicas e da infraestrutura, está sendo entregue um sistema de segurança “capaz de proteger a todos, capaz de garantir o direito da imensa maioria dos brasileiros e dos nossos visitantes que querem assistir os jogos da Copa”.
A presidente aproveitou ainda para rebater as críticas dos que alegam que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados na saúde e na educação.
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– Escuto e respeito essas opiniões, mas não concordo com elas. Trata-se de um falso dilema – disse.
Segundo a presidente, de 2010, quando começaram as obras dos estádios, até 2013, o governo federal, Estados e municípios investiram cerca de R$ 1,7 trilhão em educação e saúde. Enquanto isso, os investimentos nos estádios somaram R$ 8 bilhões.
– Ou seja: no mesmo período, o valor investido em educação e saúde no Brasil é 212 vezes maior que o valor investido nos estádios – comparou.
A presidente disse ainda que os orçamentos da saúde e da educação estão entre os que mais cresceram no seu governo.
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– É preciso olhar os dois lados da moeda. A Copa não representa apenas gastos, ela traz também receitas para o país. É fator de desenvolvimento econômico e social. Gera negócios, injeta bilhões de reais na economia, cria empregos.
Dilma lembrou que as contas da Copa estão sendo analisadas, “minuciosamente”, pelos órgãos de fiscalização.
– Se ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com o máximo rigor.