A presidente da República, Dilma Rousseff, disse, nesta terça-feira, em pronunciamento no Fórum pelo Progresso, em Paris, que os caminhos de superação da crise passam pela construção de um novo mundo e criticou as chamadas “bolhas especulativas”, as quais, segundo ela, “colocam países no patamar para que todos possam discutir os caminhos da superação da crise”.
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A presidente lembrou da crise de 2009, iniciada com a quebra do banco norte-americano Lehmann Brothers, e que atingiu a “fase crônica a partir de 2011 quando” impactou de “forma profunda a Zona do Euro e que “não parece chegar ao fim”.
Para Dilma Rousseff, os países emergentes mostraram maior capacidade de recuperação e com maior estabilidade macroeconômica.
– Não vacilamos em lançar mão de estímulos fiscais para reduzir impactos da crise – disse.
Afirmou que a opção preferencial por políticas ortodoxas em países desenvolvidos não resolvem os problemas da crise:
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– O que vemos é o agravamento da recessão, aumento de desemprego, desesperança e desalento. A situação fiscal necessariamente se deteriora mais.
A presidente brasileira criticou as ações de países com caminhos de ajustes fiscais e ações de estímulos monetários.
– O corte radical de gastos no mundo desenvolvido tem afetado o pilar de bem-estar social. Isso afeta uma das maiores obras políticas, que foi a criação da União Europeia e do euro – disse Dilma.
A presidente disse que “dificilmente teremos chance tão importante como essa que nos desafia neste momento” e considerou a saída da Europa da crise como crucial para o Brasil e para o mundo.
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– A manutenção da zona do euro e a saída da Europa da crise é crucial para o Brasil e para o mundo. A recessão só torna mais aguda a crise e transforma em insolvência o que em um primeiro momento era uma crise de liquidez – concluiu.