A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, ao deixar a capital angolana com destino ao Brasil, que não se pode fazer “apedrejamento moral de ninguém”, referindo-se às denúncias de que o ministro do Esporte, Orlando Silva, teria participado do esquema de desvio de dinheiro público.
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Segundo a presidente, os fatos serão apurados e se houver culpa haverá punição.
– Nós temos de apurar os fatos, nós temos de investigar. Se apurada a culpa das pessoas, puni-las. Agora isso não significa demonizar quem quer que seja, muito menos partidos que lutaram no Brasil pela democracia – disse a presidente, referindo-se ao partido do ministro, o PCdoB.
Dilma definiu como “tolice” as especulações de que o governo estaria enfrentando dificuldades com o partido aliado, por conta desse episódio.
– Dizer que o governo está fazendo julgamento de um partido é uma tolice. O meu governo respeita o Partido Comunista do Brasil e acha que (o partido) tem quadros absolutamente importantes para o País. Nós não vamos entrar nesse processo que é absolutamente irracional.
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Dilma queixou-se ainda de notícias publicadas na imprensa sobre observações que ela teria feito sobre a situação do ministro Orlando Silva.
– Eu li com muita preocupação as notícias do Brasil. Primeiro, pelo grau de imprecisão nas observações a respeito do governo. O governo não fez, não fará nenhuma avaliação e julgamento precipitado de quem quer que seja. Eu não falei com ninguém e vazam aspas minhas – afirmou.
A presidente declarou ainda que, ao chegar ao Brasil, irá olhar tudo com tranquilidade para depois tomar as oposições necessárias “para preservar não só o governo mas os interesses do País”.