A presidente Dilma Rousseff, que está em Hannover, na Alemanha, avisou que poderá tomar medidas para conter a desvalorização do dólar frente ao real e o consequente prejuízo aos exportadores. Segundo ela, ações como a incidência de IOF sobre as operações podem ser uma alternativa. Ela, no entanto, negou a possibilidade de quarentena para evitar a entrada de dólares no país para efeitos especulativos.

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Dilma Rousseff também voltou a criticar o excesso de recursos injetados na economia global pelos países desenvolvidos para amenizar os efeitos da crise econômica que enfrentam. A presidente disse que essa expansão monetária produz desvalorização artificial das moedas e uma bolha especulativa.

– Quando [se] expande nessa proporção, a massa monetária produz dois efeitos, um é a desvalorização artificial da moeda. Porque a desvalorização não artificial da moeda é produzida por ganhos de competitividade das economias domésticas, essa equivale a uma barreira tarifária e todo mundo se queixa de barreira tarifária, de protecionismo, e isso é uma forma de protecionismo. Tem um outro problema sério, cria-se uma massa monetária que não vai para a economia real, ela produz bolha, especulação – disse.

Dilma afirmou também que o momento é importante para discutir ‘mecanismos incorretos’ de política cambial.

– Por isso o Brasil quer mostrar que está em andamento uma forma concorrencial de proteção de mercado, que é o câmbio. Não é tarifa, é o câmbio. O câmbio hoje é uma forma artificial de proteção do mercado – declarou em entrevista.

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Confira na íntegra a entrevista concedida pela presidente nesta segunda-feira e todos os detalhes da viagem de Dilma a Hannover no blog da Carolina Bahia.