Dilma afirma que representará “população católica do nosso país” em missa de posse do papa Francisco

Em entrevista concedida a jornalistas após anúncio de medidas para a defesa do consumidor, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que vai ao Vaticano para representar “essa população católica do nosso país” na missa que marca o início oficial do novo papado.

Criticada pela demora em se manifestar após a renúncia de Bento XVI, a presidente se apressou em confirmar presença na missa inaugural do pontificado do papa Francisco. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann.

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– Eu irei lá em Roma. Eu comparecerei lá em Roma na medida que convidaram e o Brasil é um País que tem uma população católica muito expressiva e acredito que será importante eu, enquanto presidente – eu não estou falando enquanto pessoa porque enquanto pessoa eu fui criada na Igreja Católica – mas estou representando enquanto presidente essa população católica do nosso país – disse Dilma. Segundo a Agência Estado, a presidente deve viajar na noite de domingo.

Dilma pretende ir ao Vaticano para reiterar o convite do governo brasileiro para que o papa Francisco compareça à Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá de 23 a 28 de julho no Rio de Janeiro. Ao prestigiar o primeiro papa latino-americano, Dilma tenta se aproximar da Igreja Católica, de quem sofreu críticas na campanha eleitoral de 2010 por conta de discussões em torno do aborto.

– Ela (Dilma) vai ter um momento com o papa (Francisco). Vai ter uma ocasião de cumprimentá-lo pessoalmente e renovar o convite para a visita dele em julho ao Brasil, que nós consideramos muito importante, por ocasião da Jornada. E como a programação anterior, do papa Bento XVI, era uma programação para uma pessoa mais idosa, com menos atividades, pode ser que se amplie as atividades dele no Brasil – disse o ministro Gilberto Carvalho a jornalistas, após participar de seminário em Brasília.

– Claro que isso é uma questão que vamos discutir com a Igreja. Não é uma reunião privada, é um momento de um cumprimento. O formato eu ainda não sei exatamente, mas é um momento em que ela terá a possibilidade de saudá-lo em nome do povo brasileiro, pessoalmente, e naturalmente renovar o convite – afirmou Carvalho.