Após o Fundo Monetário Internacional (FMI) manter a projeção de crescimento da economia brasileira para 2013 e reduzir a de 2014, a presidente Dilma Rousseff defendeu que o país sente os efeitos da crise, mas tem optado por uma outra saída ao criar empregos e incentivar políticas sociais.
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– Desde a eclosão da crise em 2008, a mensagem do Brasil tem sido clara: a saída da crise não virá pela redução da renda dos trabalhadores, pela diminuição do emprego formal, pela restrição às liberdades sindicais ou pela degradação das políticas sociais – afirmou Dilma, ao discursar na abertura da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, em Brasília, nesta terça-feira.
– Acreditamos e praticamos políticas consistentes com essa mensagem – prosseguiu Dilma, destacando que o Brasil tem sofrido também com a crise. – Mas nós geramos mais de 1 milhão de empregos formais e, desde que tomei posse em 1º de janeiro de 2011, geramos 4,7 milhões de empregos – ressaltou.
Dilma aproveitou o discurso para uma plateia de ativistas e diplomatas para citar as discussões no encontro do G-20, na Rússia no mês passado.
– Na cúpula de São Petersburgo, os líderes do G-20 reconheceram que a situação da economia mundial continua frágil e uma das demonstrações dessa fragilidade são os altos níveis de desemprego. Os dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) registram a existência de 200 milhões de desempregados em todo o mundo, número que poderá seguir crescendo. Nesse contexto, os principais efeitos da crise tendem a recair muito sobre crianças e jovens, justamente a quem devemos nossos maiores esforços de proteção – afirmou.
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Economia em “marcha lenta”
Segundo o relatório semestral do FMI, a economia global crescerá “em marcha lenta” nos anos 2013 e 2014, em um cenário marcado pela desaceleração de economias emergentes e um ambiente de incerteza por causa do bloqueio orçamentário nos Estados Unidos.
De acordo com o documento, a economia global deverá encerrar o ano 2013 com um crescimento de 2,9%, abaixo dos 3,2% registrados no ano passado e 3,9% de 2011. Em 2014, o crescimento global alcançaria 3,6%. A estimativa para 2013 representa um corte de 0,3 ponto percentual com relação à projeção de julho deste ano, ao mesmo tempo que a previsão para 2014 foi revisada para baixo em 0,2 ponto