Diogo Correa dos Santos

Advogado da área internacional da Martinelli Advocacia Empresarial

Apesar da onda de empreendedorismo digital que invade o País, os empreendedores brasileiros enfrentam uma série de dificuldades para implementar seus negócios de forma próspera. Embora, de um lado, tenhamos um cenário tão propício quanto o dos norte-americanos, de outro temos aspectos jurídicos e burocráticos que podem desestimular os investimentos.

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O contraste é chocante porque startups são, em essência, empresas com baixo custo de manutenção, normalmente relacionadas à prestação de serviço, ganhos em escala com grande número de clientes, gerando altos faturamentos, ótima margem de lucro e ascensão rápida. O ambiente regulador norte-americano estimula isso. O nosso não, necessariamente.

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A aplicação no Brasil das fórmulas de negócios que, nos Estados Unidos, criam milhares de empregos pode gerar uma grande dor de cabeça para o empreendedor local. A realidade é que para fazer negócios aqui, o empreendedor digital deve submeter o projeto a uma verdadeira adaptação, isto é, tropicalização. O negócio, seja em qual área for, deve dançar conforme as regras.

Tropicalizar tem o significado de adaptar produtos de fora ao mercado brasileiro (ou de outro país latino-americano), expressão que serve também aos modelos e estruturas jurídicas importados, que devem ser devidamente adaptados às nossas leis.

Seja pelo fato de que somos um país mais burocrático ou porque temos legislações engessadas, a verdade é que, no Brasil, as coisas levam mais tempo para se concretizar ou acabam por ficar desprotegidas.

Por tal motivo, antes de lançar-se no negócio “da sua vida” é importante investir

na segurança do negócio. Desde a proteção da “ideia” até a proteção do capital, do investimento, do comando da empresa e do futuro da startup.

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Com tais parâmetros estabelecidos, o contexto no País é privilegiado, pois temos uma das maiores populações digitais do mundo, cenário ideal para negócios relacionados a este nicho.