Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 30% dos homens economicamente ativos – o que no Brasil representa 15 milhões de pessoas – são inativos quando o assunto é sexo. Pelo menos no sentido de terem dificuldade ou total incapacidade de obter ereção durante a atividade sexual.
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Embora existam no mercado diversos medicamentos para tratar a doença, que é clinicamente chamada de disfunção erétil, muitos homens ainda sofrem com isso. Principalmente aqueles que nunca falharam ou consideram o problema algo restrito aos mais velhos.
– Eles tendem a desconversar ao serem questionados sobre o problema, muitas vezes por vergonha de admitir que estejam passando por essa situação – diz o médico Eduardo Bertero, especialista em urologia e disfunção sexual masculina pela Universidade de São Paulo (USP).
Muitas vezes, a causa está ligada justamente ao fato de serem economicamente ativos. Problemas no trabalho ou em algum outro aspecto da vida que causem estresse e tristeza podem afetar o desempenho sexual do homem, diz Bertero, e isso inclui os jovens.
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– Há uma série de doenças que podem afetar a ereção do homem. Entre elas destacam-se a hipertensão arterial, o diabetes e o aumento do colesterol – afirma o médico, acrescentando que os maus hábitos potencializam o problema, como sedentarismo, má alimentação, abuso de álcool, cigarro e consumo de drogas.
A mulher ou o parceiro de quem sofre de disfunção erétil tem papel fundamental para evitar danos ao relacionamento. Segundo Bertero, é importante saber que o fato de o companheiro ter falhado não está relacionado necessariamente ao clima e ao momento que tiveram juntos.
Tampouco deve-se achar que o portador da disfunção erétil não sente mais tesão ou prazer durante a relação. Aconselhar o parceiro a procurar um urologista para investigar as principais causas e queixas é o melhor a ser feito, defende Bertero.
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– Pode-se insistir no assunto abordando o problema sem tom de cobrança. E também se oferecer a acompanhá-lo em um possível tratamento, se for o caso – afirma o médico.