Que existe, existe, mas é difícil encontrar quem não goste de doce. Seja em forma de chocolate, de pudim, de sorvete… Sentiu um peso na consciência só de pensar?

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Calma. De fato, o consumo excessivo de açúcar deve ser evitado em nome de uma dieta saudável. Há, porém, formas alternativas de adoçar os alimentos sem abusar das calorias. Os adoçantes, por exemplo, substituem a sacarose (açúcar comum) sem prejuízo aos diabéticos e àqueles que buscam a boa forma.

O açúcar cristal, o refinado e o de confeiteiro são alguns dos mais conhecidos no mercado. Apesar da popularidade, eles têm alto teor glicêmico e são pobres em nutrientes. Essas características resultam do processo industrial ao qual são submetidos, explica a endocrinologista e nutróloga Valéria Goulart.

Opções variam de preço e quantidade de calorias

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Apesar de parecerem todos iguais, os adoçantes são diferentes. São várias as opções de composição, que variam de preço e em quantidade de calorias. Entre eles, estão a stevia, que adoça até 300 vezes mais do que o açúcar refinado, o aspartame e a sacarina (poder adoçante 200 vezes maior). Além de ser usado por diabéticos, o adoçante pode ser adotado por quem quer emagrecer, já que a maioria dos produtos não chega a ter cinco calorias por grama.

Para os que têm as taxas de glicose equilibradas, uma ideia melhor ainda é optar pelos açúcares light e orgânico. O light adoça cerca de quatro vezes mais do que o açúcar comum e tem apenas quatro calorias por grama. Mas, segundo Valéria Goulart, o mais indicado é mesmo o orgânico, que não tem ingredientes artificiais. Em compensação, é bem mais caro.

– De qualquer forma, recomendo que as pessoas procurem um endocrinologista. Será feito um exame que indica o melhor produto a ser consumido – completa o médico.

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Estipular a quantidade ideal é recomendado

Por mais que consumo excessivo de açúcar seja prejudicial ao organismo, estipular a quantidade ideal a ser ingerida diariamente é complicado, afirma a especialista.

-Hoje em dia, o açúcar está em tudo e nosso organismo é cada vez mais inundado por ele.

Temperos, picles, molhos prontos e até papinhas para bebês têm açúcar na composição.

– Recebo com frequência pacientes que tiveram grande aumento da insulina, o que pode propiciar a diabetes.

Foi o que aconteceu com o servidor público Aliomar Athayde Cavalcante Filho, 48 anos. Embora não fosse muito chegado a doces, mantinha em seu cardápio diversos alimentos compostos de açúcar e carboidratos. Desde que recebeu o diagnóstico de diabetes, há dois anos, o servidor trocou o açúcar pelo adoçante e passou a observar melhor a composição dos alimentos.

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– O açúcar e o carboidrato estão presentes em praticamente todo o processo alimentar, é o tipo de coisa que não costumamos notar – reconhece Aliomar.

Para o servidor, que parou de fumar há um ano e meio, por conta da doença, o mais difícil foi deixar de consumir açúcar.

– Usar adoçante tudo bem, mas com os alimentos tive mais problemas para me adaptar.

A bebida alcoólica também teve de ser cortada.

– É claro que, às vezes, dou uma escapulida, mas, quando exagero, logo sinto tontura.

O médico só não recomendou mais restrições porque Aliomar controla muito bem os seus hábitos alimentares.

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– Se o intuito é controlar as calorias, migrar definitivamente do açúcar refinado para os adoçantes pode ser um bom negócio. Do ponto de vista nutricional, porém, o produto orgânico é imbatível.