O ginasta Diego Hypólito, atual campeão mundial no solo, desembarcou hoje em São Paulo com mais três medalhas conquistadas na Europa. Ele faturou uma prata e um ouro no solo (nas etapas de Lyon e Cottbus da Copa do Mundo, respectivamente) e um bronze no salto sobre o cavalo (em Lyon). Foi a estréia do brasileiro com o novo código de pontuação, que extinguiu a nota máxima 10 – agora, as notas são divididas em A, baseadas na dificuldade, e B, na execução. Diego aprovou o novo sistema, destacando que ele favorece suas características.
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– Fui para essas etapas para analisar e aprender mais sobre o código. A série no solo pode ter, no máximo, quatro movimentos de frente, quatro de costas e quatro twists, mas tem mais um elemento na ligação que vale ponto. Isso é benéfico para mim, pois eu tenho muitos elementos e consigo combiná-los bem – explicou o ginasta.
– Achava que eu não tinha mais como evoluir no solo, mas com o código eu percebi que ainda dá para melhorar algumas coisas – completou Diego, que saiu com a nota 16,40 de partida.
– Nas próximas etapas da Copa do Mundo, pretendo sair com pelo menos 16,70. O objetivo final é chegar a 17,10 no Mundial, uma nota que eu considero impossível de ser superada. Já consigo fazer essa série, mas ainda não vale a pena colocá-la em jogo porque todos os atletas estão em fase de adaptação ao código – completou.
O ginasta afirmou que o segundo lugar em Lyon foi devido ao fato de não saber que os elementos de ligação ganharam mais peso com o novo sistema.
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– Agora tem de ter um grau maior de elementos. A série do ouro estava mais simples do que a anterior, quando conquistei a prata. Como eu havia treinado aquela apresentação para Lyon, não poderia arriscar e mudar tudo na final. Para Cottbus, porém, tirei o duplo twist carpado e coloquei um mortal simples – contou.
Mesmo após conquistar sete medalhas de ouro nas oito últimas competições de solo, Diego não acredita que dependa apenas do próprio desempenho para seguir reinando no aparelho.
– Estou muito bem e acho que posso evoluir mais ainda, mas não posso desmerecer ninguém. O (Marian) Dragulescu (ouro em Lyon) está muito bem com o novo código também – afirmou, lembrando que o rival saiu com 16,60 de nota de partida.
De volta ao Rio de Janeiro depois de deixar o centro de treinamento em Curitiba, Diego se diz feliz na cidade natal.
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– Nada mudou com a minha transferência para o Rio. Continuo treinando bastante, fico no Flamengo das 13h às 21h. Eu não tenho nenhum problema com Curitiba, sempre me senti bem lá, mas optei por voltar ao Rio pelo bom relacionamento com o meu técnico (Renato Araújo) – finalizou.