Se o ano não foi dos melhores para as ginastas brasileiras, o mesmo não se pode dizer para os ginastas. Diego Hypólito e Mosiah Rodrigues fizeram de 2005 um ano histórico para o esporte brasileiro. Enquanto Mosiah se tornou o primeiro atleta do país a alcançar uma final em Mundiais, Diego ganhou o primeiro título do Brasil.
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Com a nota 9,675, ele conquistou a medalha de ouro nos exercícios de solo do Campeonato Mundial de Melbourne, na Austrália, em novembro. Em 2004, ele já dava sinais de que seria um dos melhores do mundo no esporte ao conquistar cinco medalhas de ouro em etapas da Copa do Mundo, inclusive na grande final, disputada em Birmingham, Inglaterra, em dezembro.
– Não sei se dou risada, se choro, mas estou muito feliz. Ainda não acredito – disse o ginasta que em Melbourne venceu sua sexta competição internacional consecutiva.
Diego repetiu assim o feito da sua irmã mais velha, Daniele, que em 2001, ao ganhar a medalha de prata no Mundial de Ghent, na Bélgica, colocou o Brasil no mapa da ginástica, modalidade que tinha pouca tradição no país.
O brasileiro, que havia se classificado em oitavo e último lugar à final após falhar em uma de suas acrobacias, superou o canadense Brandon O?Neill (prata com 9,625), e dois atletas que empataram em terceiro lugar: o húngaro Robert Gal e o chinês Fuliang Liang (ambos nota 9,587).
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– Não imaginava que conseguiria ganhar aqui. No ano passado eu estava dando passos largos para frente. Neste ano, caí num enorme buraco. Agora, consegui o título que faltava para mim e para a ginástica masculina – afirmou.
Dois dias antes de Diego disputar a final do solo, o ginasta gaúcho Mosiah Rodrigues conquistou a 23ª colocação na final da prova individual geral do Campeonato Mundial de Melbourne. Ele somou 49,887 pontos no total dos seis aparelhos da ginástica masculina. A medalha de ouro ficou com o japonês Hiroyuki Tomita, com 56,698 pontos. Seu compatriota Hisashi Mizutori levou a prata, com 55,349, enquanto o bielo-russo Denis Savenkov o bronze (55,112).
Mosiah não conseguiu melhorar o seu desempenho de terça-feira, quando encerrou a fase classificatória do Mundial com 51,187, mas na 24ª posição. O ginasta gaúcho recebeu as seguintes notas na final: 9,275 no salto, 8,150 nas barras paralelas, 9,350 na barra fixa, 8,150 no solo, 7,087 no cavalo com alças e 7,875 nas argolas.