Musical é considerado quase um gênero menor no Brasil, onde muita gente tem preconceito com longas recheados de cantorias. Mas La La Land, que recentemente faturou sete prêmios no Globo de Ouro e é um dos favoritos ao Oscar, tem potencial para agradar até os mais resistentes ao estilo.
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Em cartaz nos cinemas do Estado, o filme é delicioso e te coloca um sorriso bobo no rosto do início ao fim apesar da nostalgia e da melancolia que emergem da tela. La La Land dá certo porque arrisca uma fantasia apaixonante e necessária, mas ao mesmo tempo não ignora esses nossos tempos duros, num jogo de passado e presente, romantismo e realidade.
Emma Stone e Ryan Gosling, perfeitos nesse teor ambíguo que o longa propõe (são modernos e ao mesmo tempo poderiam ter atuado nos filmes das décadas de 50 ou 60 que são celebrados no musical) também contribuem e muito para o sucesso do filme, que deve se juntar Moulin Rouge e Chicago no olimpo dos poucos musicais que fizeram sucesso mais recente no Brasil. Para mim ele é o melhor dos três.