Márcio Goiano coça a cabeça três vezes antes de virar para esquerda e reclamar com o auxiliar técnico Benevan: “Tinha que ter tirado essa bola”, reclamou Goiano sobre o segundo gol do Timbu. O novo técnico do Figueirense estava contido na frente da tevê. Sentado em um confortável sofá na casa do diretor de Marketing do clube, Renan Dal Zotto, poucas foram as reações de Goiano.

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O treinador sentiu que o trabalho será árduo, mas confiante sabe que livrar o Alvinegro da zona de rebaixamento não é um missão impossível. Com pouco mais de um minuto de partida o árbitro marcou um pênalti a favor do Náutico. Enquanto todos na sala reclamavam do juiz, Goiano apenas observava.

– Olha o Gallo (técnico do Náutico), o jogador dele caiu e ele já começou a reclamar com o bandeirinha, a arbitragem vai ser muito pressionada – analisou Goiano.

Na sequência o goleiro Wilson defendeu a cobrança de Araújo, e o Figueirense abriu o placar com Caio. O comandante alvinegro apenas deu um sorriso contido, de canto de boca. E a análise continuou:

– O zagueiro atrapalhou o goleiro deles, bom para nós – disse.

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A campainha toca, mas na sala ninguém se levanta, todos de olho na televisão. A pizza chega e Goiano se serve. Ele apoio o prato nas perna e assiste a partida. Elsinho domina e cruza para Aloisio que domina de esquerda e fuzila de direita, o segundo gol do Figueirense é celebrado e o técnico elogio o Touro. Gosta da movimentação dos dois atacantes e, principalmente, do meia-armador da equipe, o ídolo Fernandes.

– O Fernandes é fantástico, tem uma qualidade no toque – elogia.

A segunda etapa foi de muita reclamação com o árbitro. Com as mãos entre os joelhos, o treinador assistiu a virada do Náutico. Evitou críticas aos atletas. Mas, não deixou de reclamar dos erros na saída de bola.

– A proposta da segunda etapa era diferente, mas nós tínhamos que ter agredido mais.

Análise do comandante alvinegro

Gostou

– Foram dois tempos distintos. Não só pelo placar. A disposição foi muito boa, e nesse momento ela vai ter que existir sempre. Lógico que a gente inicia um trabalho amanhã (quinta) com o grupo. É colocar a nossa filosofia e ter postura dentro de campo para conseguir as vitórias. Mas, o mais importante é a vontade desse grupo, eles se dedicaram demais e correram.

Não gostou

– Lógico que a adrenalina do jogo interfere. Você começa o segundo tempo ganhando de 2 a 0 e pensa em administrar a partida, uma coisa natural. Mas, você nunca pode parar de agredir o adversário. Ele não pode ficar confortável. Infelizmente acabamos tomando os gols e perdendo, agora é conversar com o Abel, até porque o nosso tempo é pouco no sábado já enfrentamos o Fluminense.

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