Se o Joinville usa como marca o fato de ter “nascido campeão”, no outro lado o técnico Guto Ferreira também pode se considerar um campeão desde o nascimento, pelo menos no início da carreira profissional como treinador.

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Logo no primeiro trabalho, Guto levou o título gaúcho no comando do Internacional, em 2002. A estreia positiva apontava para uma trajetória fulminante. Mas, ao contrário do JEC, a sequência do comandante não teve tantos títulos como a do Tricolor.

Na verdade, em 14 anos no futebol, Guto traz no currículo apenas a conquista do Campeonato Gaúcho de 2002. Pouco para quem tem um currículo extenso, com outros trabalhos reconhecidamente bons, mas sem a medalha de campeão no peito.

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Não há como negar, por exemplo, o bom trabalho de Guto Ferreira no Mogi Mirim, em 2012. Foi nas mãos do técnico que o Sapão ascendeu da Série D para a Série C após bater nos pênaltis o Cianorte, no interior do Paraná.

Em 2013, outro feito: segurou a Portuguesa na Série A, pelo menos em campo – o rebaixamento veio apenas após a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que puniu a Lusa pelo uso irregular do meia Everton.

No ano seguinte, a grande conquista de Guto: o acesso à Série A pela Ponte Preta. E o título nacional da Série B não veio por um detalhe, um ponto a menos do que o campeão Joinville, o adversário deste domingo.

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O JEC, por sinal, é uma pedra no sapato de Guto. Na “decisão” de 2014 na Série B, 3 a 1 para o Tricolor sobre a Ponte, na Arena. Em 2016, dois confrontos na primeira fase do Catarinense: 0 a 0 na Arena e 3 a 1 para o Joinville na “decisão” do returno.

Veio então a final do Estadual e, no primeiro jogo, Guto levou a melhor e ampliou sua vantagem. O favoritismo está todo ao seu lado. E, desta vez, ele não quer deixar Coelho nenhum tirar a taça de sua cartola. É a hora de buscar a segunda conquista para fugir do rótulo de campeão apenas no “nascimento”.