Era visível a timidez do capitão da seleção alemã Phillip Lahm quando entrou na sala de conferências do Beira-Rio na tarde deste domingo. Parecia desconfortável quando sentou ao lado de um representante da Fifa diante de dezenas de jornalistas. Mas bastou a primeira pergunta para Lahm mostrar por que é um dos líderes de uma das maiores potências do futebol mundial nestes dias.
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Com fluência, ideias claras e posições bem definidas, o polivalente astro do Bayern de Munique rebateu todas as perguntas. Até mesmo quando um jornalista alemão, em tom ríspido, emparedou-o:
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Löw mostra respeito total à Argélia
– Sua geração não ganhou nada, não trouxe uma taça ao futebol alemão. Como evitar que a seleção caia de forma antecipada contra a Argélia?
Com educação e sem alterar a voz, Lahm respondeu:
– Bom, a Alemanha já ganhou três vezes a Copa do Mundo, não temos tantos times que foram tricampeões. Tivemos excelentes seleções, temos um grande potencial. Mas temos que fazer com que seja suficiente para ganhar amanhã. Temos de jogar de forma agressiva como fizemos contra os EUA.
Assim, polido, sem nada de tensão, o capitão esperou a próxima pergunta. Quando questionado se sabia quem eram os argelinos ou se conhecia o nome de algum deles, evitou derrapadas e saiu pela tangente. Disse que evitaria dizer nomes dos adversários, por receio de errar a pronúncia. Garantiu saber de quem se trata o rival e onde atuam seus principais jogadores.
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– É um time que certamente mostrará as razões de estar nas oitavas. Defendem-se juntos e procurarão evitar nosso gol ao máximo, lutam ao extremo para não perder uma disputa sequer. Temos de ser agressivos na defesa e no ataque – disse o lateral, que vem atuando como volante.
Um outro repórter alemão mencionou o poder que o capitão exerce sobre as decisões do técnico Joachim Löw, e quis saber sua posição sobre quem deve atuar no lugar de Podolski e quem deve ser escolhido entre Schweinsteiger e Khedira:
– Não sou eu que escalo o time, não tenho esse poder. O técnico está vindo em instantes, você pode fazer essa pergunta para ele – disse Lahm, em tom grave, mas sem perder a compostura ou o domínio do que estava falando.
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