O racha no PMDB de Joinville ficou mais evidente na convenção de sábado. Sem consenso, a escolha do novo presidente do diretório municipal ficou para quinta e ainda corre risco de ser decidida na Justiça.

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O impasse já se desenhava desde que o médico Dalmo Claro passou a se declarar candidato sem apoio do senador Luiz Henrique da Silveira, que desde 2006 tem voz importante na indicação de nomes de consenso à presidência.

A formação de uma chapa única por parte do atual presidente, Cleonir Branco, foi entendida pela ala de Dalmo – que reúne o deputado Mauro Mariani e os vereadores Rodrigo Fachini e Cláudio Aragão – como uma nova manobra contra sua escolha.

O grupo pediu por escrito a suspensão e adiamento da convenção, no sábado, alegando descumprimento do prazo para registro de chapas, o que não foi aceito pela atual presidência. A chegada do senador Luiz Henrique e do prefeito Udo Döhler, no sábado à tarde, pouco ajudou. Partiu do senador a orientação para se ter um consenso até quinta, com participação ativa dele no processo.

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Mariani aceitou, mas queria o encerramento da convenção já no início da tarde, o que de novo não foi aceito pela presidência e prorrogou a eleição até às 17 horas, com 146 votos a favor, cinco contra e um nulo para a chapa única criada por Cleonir, que disse não querer tentar nova presidência.

O grupo de Dalmo entende que não foi observado o estatuto no processo e promete discutir a situação hoje com a executiva estadual. Há também disposição, segundo o médico, de levar o caso à Justiça se não houver saída.