A pequena Saransk, menor cidade-sede da Copa da Rússia, está vermelha e branca. Torcedores peruanos e dinamarqueses invadiram as praças, ruas e avenidas para apoiar as seleções que se enfrentam neste sábado. O jogo tem um gosto especial para o Peru. Desde 1982, a equipe sul-americana não participa de uma edição de Copa do Mundo. São 36 anos de jejum que será encerrado pontualmente às 13h, quando a bola rola para mais de 40 mil pessoas na Arena Mordovia.
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Se depender do retrospecto em mundiais, os peruanos terão que quebrar outro tabu. A última vitória em Copa foi em 1978, na Argentina, contra o Irã: uma goleada de 4 a 1, na primeira fase. Desde então, foram quatro derrotas e dois empates naquele edição da Copa e na seguinte, 1982.
Para superar essa marca negativa, o Peru contará com Paolo Guerrero. O atacante foi um dos responsáveis pela campanha bem-sucedida que levou a seleção para a Russia. O jogador já marcou 35 vezes com a camisa do país, sendo seis tentos marcados durante as eliminatórias. A participação dele tem um gosto de vitória. O craque quase não embarcou com a delegação por problemas relacionados ao doping. No ano passado, o atacante fez o teste e o resultado deu positivo para cocaína.
O atleta foi condenado pelo TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) a cumprir 14 meses de suspensão. O jogador, no entanto, encaminhou o caso para a Justiça Comum da Suíça, que concedeu efeito suspensivo ao jogador. A liberação aconteceu dias antes do Peru começar a se preparar para a estreia na Copa. A presença de Guerreiro tem motivado os companheiros de equipe. O Peru está no grupo C, o mesmo da favorita França, mas isso pouco importa para o meio-campo André Carrillo. Jogador do time inglês do Watford acredita que os peruanos poderão surpreender nesta Copa do Mundo:
– Não estamos pensando em segundo lugar. Nosso principal objetivo é passar em primeiro lugar. Iremos enfrentar as três seleções com a mesma seriedade, sem ver ranking ou jogadores – disse o jogador.
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DINAMARCA ESPERA FREAR ÍMPETO PERUANO
O retorno de Guerrero é motivo de preocupação para o técnico da Dinamarca, Age Hareide. Na avaliação do treinador, o Peru é outro quando o atacante está em campo:
– Parece um pouco diferente com Guerrero na frente e com Jefferson Farfán recuado. Guerrero é um clássico jogador estrela. Ele é um forte finalizador, muito bom dentro da área – analisou Hareide, em entrevista ao site da Fifa.
Esta será a quinta participação da Dinamarca em mundiais. A última vez que os dinamarqueses jogaram um mundial foi há oito anos, na África do Sul. Na oportunidade, o time escandinavo estreou com derrota para a Holanda e só conquistou uma vitória diante de Camarões.
Uma das armas do time é o meia Christian Eriksen, de 26 anos, que fez boa temporada pelo Tottenham, da Inglaterra. Foi do pé dele que saiu a classificação da seleção para o Mundial. Ele foi o responsável por três gols na goleada sobre a Irlanda por 5 a 1, na repescagem. Em 12 jogos nas eliminatórias, ele balançou as redes 11 vezes.
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FICHA TÉCNICA
PERU
Pedro Galesse, Luis Advincula, Alberto Rodriguez, Christian Ramos, Miguel Trauco, Renato Tapia, Yoshimar Yoton, Edison Flores, Christian Cueva, Jefferson Farfan, Paolo Guerrero. Técnico: Ricardo Gareca
DINAMARCA
Kasper Schmeichel, Jens Stryger Larsen, Andreas Christensen, Simon Kjaer, Henrik Dalsgaard, William Kvist, Tomas Delaney, Christian Eriksen, Pione Sisto, Nicolai Jorgensen, Yurary Poulsen. Técnico: Age Hareide
ARBITRAGEM: Bakary Gassama (Gambia), auxiliado por Djibril Camara e El Hadji Malick (Senegal).
DATA E HORA: às 13h deste sábado.
LOCAL: Arena Mordovia, Saransk.
TRANSMISSÃO: NSC TV e SporTV