Dia Mundial de Combate à Tuberculose: SC tem mais de 2 mil casos da doença por ano

Este domingo (24) é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, data importante para conscientizar a população sobre a prevenção da doença. Em Santa Catarina, em 2023, foram notificados 2.226 novos casos de tuberculose, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Além disso, o Brasil é o país com o maior número de casos notificados da doença nas Américas. 

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A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro.

Transmissão e sintomas

A médica infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), Lígia Castellon Gryninger, explica que a transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada.

— O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação e ausência de luz solar representa maior chance de outra pessoa ser infectada — completa.

O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não a febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento. De acordo com a infectologista, é importante estar atento aos sintomas para prevenir a proliferação da doença e o agravamento do quadro do paciente.

— A tuberculose tem cura, mas o diagnóstico precoce é fundamental para cortar a cadeia de transmissão e evitar sequelas da doença — explica a especialista.

Vacina é a principal forma de prevenir a tuberculose

Existem formas de prevenir a tuberculose. A vacina BCG é uma maneira de proteção contra as formas graves da doença e faz parte do calendário vacinal, devendo idealmente ser feita ao nascimento.

Além disso, como forma de prevenção e controle é sempre importante investigar os contatos mais próximos da pessoa que está em tratamento para que seja descoberta a infecção ou doença o mais rápido possível. Desta forma, o tratamento é iniciado precocemente e há a diminuição de possíveis complicações, além da redução na transmissão.

Tratamento está disponível no SUS

O tratamento da tuberculose dura seis meses, é gratuito e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

— Logo nas primeiras semanas do tratamento, a pessoa se sente melhor e, por isso, precisa ser orientada pelo profissional de saúde a continuar a medicação até o final, independentemente do desaparecimento dos sintomas, pois o tratamento incompleto pode levar à resistência aos medicamentos e agravamento do quadro — enfatiza a médica.

Na última sexta-feira (22), aconteceu em Florianópolis, um evento alusivo ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose. O encontro marcou também a instituição do Comitê Estadual de Assessoramento nas ações de enfrentamento da Tuberculose no Estado de Santa Catarina.

O Comitê Estadual terá como objetivo discutir os aspectos relativos ao controle da tuberculose, a fim de recomendar ações que possam ser incorporadas na política pública visando reduzir a carga da doença no Estado, com uma atuação de caráter consultivo e educativo, não deliberativo, representando um importante instrumento de acompanhamento e avaliação permanente da doença.

Além disso, no evento, 24 municípios também foram reconhecidos pela Secretaria de Estado da Saúde por atingir as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde relacionadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção da tuberculose no ano de 2022:

– Antônio Carlos
– Campo Belo do Sul
– Campos Novos
– Capinzal
– Concórdia
– Chapecó
– Corupá
– Forquilhinha
– Itaiópolis
– Joaçaba
– Maravilha
– Massaranduba
– Monte castelo
– Ouro verde
– Pomerode
– Porto União
– Rio Negrinho
– Rio dos Cedros
– Sangão
– São Miguel do Oeste
– Schroeder
– Taió
– Três Barras
– Vitor Meirelles

— O objetivo das certificações é reconhecer os trabalhos dos municípios no controle da tuberculose no Estado. São os municípios que fazem os diagnósticos através de exames de laboratório, notificam e oferecem os tratamentos — finaliza a médica.

*Sob supervisão de Andréa da Luz

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