Dia Internacional da Solidariedade: satisfação em ajudar aqueles que precisam

São as pequenas ações em nosso dia a dia que nos trazem com mais clareza o lado positivo daquilo que estamos enfrentando. 2020 tem sido um ano de muitos desafios, mas que para muitos serviu para aflorar o senso de responsabilidade recíproca, um dos conceitos da solidariedade celebrada neste dia 20 de dezembro. Em 2005, na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) foi instituída a data para promover um dos valores fundamentais para o desenvolvimento das relações humanas.

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Pensar no próximo requer atenção com quem está ao lado, a doação em uma ação solidária pode ser através de recursos financeiros ou de gestos de carinho e cuidado, onde não somente quem recebe é beneficiado, quem oferta também enxerga o retorno. A técnica de enfermagem Elizabete Rosa Bitencourt Matos, que há sete anos trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Infantil João de Gusmão, em Florianópolis, há pelo menos dois anos recolhe entre amigos produtos de higiene pessoal – não disponibilizados na rede pública ou insuficientes – para entregar a famílias com necessidades financeiras e também para utilizar nos pacientes internados. Ela reconhece que o que recebe em troca é muito mais do que entrega.

– Vejo que meu trabalho é muito mais satisfatório quando realizo esse projeto. Me sinto mais feliz e satisfeita ao ver o olhar dos pais quando recebem aqueles produtos. Dar um banho mais cheiroso no bebê, usar um lenço umedecido, são ações simples, mas que demonstram o carinho e o conforto que queremos dar – revela Elizabete.

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A ação é divulgada nas redes sociais e ganha apoio de amigos. Na última campanha, ela conta que teve o apoio da filha mais nova, de 15 anos, na divulgação e o retorno foi ainda maior do que o esperado.

– Na última ação ela me ajudou, e como é adolescente tem mais familiaridade com as redes sociais, tivemos ajuda de pessoas até de outros estados.

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A profissão escolhida por Elizabete já é de doação, mas as atitudes solidárias podem surgir de qualquer pessoa ou por qualquer motivação. A arquiteta Graziela Roveda sofreu um aborto no ano passado, precisou de cirurgia de emergência e foi hospitalizada no Hospital Regional de São José. Na ocasião, ficou sensibilizada com a necessidade de outras mães internadas na mesma unidade de saúde. Do evento traumático surgiu o Projeto Vida, que ela administra desde abril de 2019, e que já beneficiou mais de 70 famílias.

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– O projeto é meu, mas não faço ele sozinha, tenho ajuda de várias pessoas que fazem doações todo mês e entrego mensalmente esses kits para mamães carentes, principalmente as internadas no (Hospital) Regional – conta Graziela.

Ela complementa:

– Quanto mais o bem se espalha, mais pessoas podem ser ajudadas.

A união faz a diferença

Essa é a filosofia também do empresário da construção civil, Luciano Moreno. Desde 2003 ele organiza ações sociais, atualmente possui uma rede com mais de 50 voluntários. Entre as ações executadas nesses anos de voluntariado, Luciano se orgulha do projeto Cartinhas de Amor, que em datas comemorativas – Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia das Crianças – leva um pouco de esperança para unidades de saúde de Santa Catarina, com cartinhas escritas por crianças e anônimos, que são entregues aos pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.

– A minha motivação é ver o sorriso no rosto das pessoas que todos os dias passam por momentos muito difíceis dentro dos hospitais. Uma rotina desgastante e muitas vezes inglória.

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Na maioria das ações é o próprio Luciano quem entrega as cartinhas em mãos, mas com a pandemia do novo coronavírus, a entrega de mais de 600 cartas no Dia das Crianças foi feita pelas enfermeiras. Mesmo com as restrições, o espírito solidário continuou ativo. Durante os últimos meses, em uma nova campanha o empresário arrecadou brinquedos e móveis que serão entregues ao Hospital João de Gusmão para a construção de um espaço kids.

– Se a sociedade civil organizada soubesse a força que tem através do voluntariado nenhum hospital público passaria por dificuldade – finaliza Luciano.

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Solidariedade que alimenta 

O ato solidário pode surgir em apoio a uma causa ou movimento, mas também pode vir de um desejo e necessidade pessoal em ajudar. O personal trainer Vitor Rodrigues sempre teve a ideia de ajudar, uma atitude pessoal, mas que sempre envolveu mais pessoas. Neste ano, acompanhando a necessidade enfrentada por muitas pessoas, resolveu ao lado da namorada, a residente judicial Sabrina Alvarez Pinto, confeccionar lanches para entregar aos moradores de rua de Florianópolis. Com outros membros, a ação seguirá em 2021.

A vontade e a necessidade de ajudar aqueles que mais precisam, muitas vezes se transformam em ações organizadas. Em Lages, a ONG Casa Amarela auxilia famílias em vulnerabilidade social há sete anos, com doações de cestas básicas e roupas. Durante a pandemia, a organização também distribuiu marmitas. Foram 10 mil refeições. A iniciativa foi uma ideia da Amanda e do marido, que transformaram a pizzaria deles em um local de esperança.

– Até o início da pandemia a gente já tinha auxiliado mais de 3 mil famílias. Então, com o decorrer da pandemia aumentou bastante a procura. A gente já distribuiu mais de 10 mil peças de roupas, mais de cinco mil pares de calçados e mais de 500 cobertores – conta Amanda Ferraz de Freitas, coordenadora do Projeto Casa Amarela.

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A ONG tem mais uma missão: deixar o Natal de 300 crianças mais feliz neste ano tão difícil. A organização é uma das entidades que será beneficiada pela Árvore do Bem da NSC. Os brinquedos doados serão entregues às crianças em um Natal diferente, que vai ser preparado pelos voluntários da Casa Amarela. Eles vão passar pelos bairros levando guloseimas e, claro, os presentes.

– A gente vai levar muitos doces, brinquedos, mini pizza, picolés e tudo mais. A gente vai fazer as entregas durante os dias 23 e 24 de dezembro – detalha Amanda.

Árvore do Bem da NSC

Além de Lages, a Árvore do Bem vai ajudar a levar alegria para crianças carentes para outras regiões do Estado. Na Grande Florianópolis, os presentes vão beneficiar as crianças de quatro entidades: APAE Florianópolis, AEBAS, Casa da Criança e Projeto Geração da Chico.

Em Joinville, as doações serão destinadas ao Instituto Dona Ana, ao Projeto Missão Criança, ao Hospital Infantil Jesser Amarante Farias, à Associação Ecos da Esperança e APAE. Em Jaraguá do Sul e Mafra, quem recebe os presentes são as APAE locais e, em Criciúma, o Bairro da Juventude. Já em Chapecó, no Oeste, a entidade beneficiada é o Programa Viver.

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Em Blumenau, as doações irão beneficiar duas entidades: Casa de Acolhida São Felipe Néri e Associação Sorrir para Down. Em Itajaí, as doações são para o Instituto Luz e Saber. E Balneário Camboriú os brinquedos serão destinados à Associação de Proteção Acolhimento e Inclusão Social. Em Rio do Sul, as entregas serão feitas ao Lar da Menina

Ações que podem ajudar a todos

O isolamento social mostrou o quanto a humanidade vivia e vive de forma egoísta e, de certa forma, convidou as pessoas a pensarem no coletivo, em ações que não somente estão relacionadas com bens financeiros, mas também com cuidados em atitudes diárias, como o uso de máscaras de proteção.

O movimento “Quem Ama, Cuida” da NSC Comunicação tem recebido vídeo de dicas de segurança e bons exemplos de catarinenses que estão cuidando de si e dos mais próximos com ações simples do dia a dia, como o relato enviado por Rô Reis, de Garopaba, que faz a caminhada diária sem esquecer da máscara.

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– Uso máscara porque eu me amo e respeito todas as pessoas que eu vou encontrar.

De Jaraguá do Sul, quem manda o recado é a Nina Santim Camello que não descuida em nenhum detalhe. Máscara, álcool em gel e higienização dos calçados assim que entra no espaço em que realiza sua atividade física.

Quem ama, cuida 

Neste movimento os catarinenses são convidados a enviar vídeos com dicas de segurança e bons exemplos de como estão fazendo para cuidar de si e dos mais próximos. Com a intenção de envolver o maior número de pessoas no combate ao vírus e numa retomada responsável, a NSC apresentará, em todas as plataformas, os vídeos enviados.

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Ao mesmo tempo, durante os intervalos na NSC TV e nas rádios do grupo, será possível acompanhar vídeos com dicas de prevenção validadas por especialistas: como ir ao mercado, como fazer as compras de Natal, como se exercitar em segurança? Tudo para ampliar a oferta de informação de qualidade neste fim de ano.

Para participar, basta enviar um vídeo (de preferência, na horizontal) com bons exemplos e dicas de prevenção para o número (48) 99118-5112.