A história de Ana Cláudia Silva de Souza e Marcelo Darci de Souza, ambos de 47 anos, poderia facilmente virar música. Cazuza chegou perto: “Amor da minha vida, daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade”. Não foi exatamente no mesmo hospital, mas outras coincidências marcam a vida do casal que mora no Estreito, em Florianópolis.
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Marcelo e Ana nasceram na mesma data: em 14 de fevereiro de 1972 — por acaso, dia de São Valentim e data em que vários países, como Estados Unidos, celebram o Dia dos Namorados. Ele nasceu na maternidade Carmela Dutra, ela na Sagrada Família (hoje chamado Hospital Florianópolis). As mães deles contam que, inclusive, foi o mesmo médico que fez os partos.
— O médico internou a minha mãe e como ela ainda não estava pronta para o parto, acham que ele saiu para fazer o parto da mãe do Marcelo, em outro hospital. Ele nasceu de manhã e eu mais tarde — explica Ana.
Apesar de terem nascido no mesmo dia e de morarem no mesmo bairro, só se conheceram aos 15 anos, quando uma amiga em comum fez uma festa de aniversário. A mãe dessa menina achou a coincidência das datas de aniversário curiosa demais, e pegou Ana e Marcelo literalmente pela mão, para eles finalmente se conhecerem.
Apesar do constrangimento inicial, que hoje é motivo de risadas, os dois passaram a sair com os mesmo amigos. E a cada dia, ficavam mais próximos.
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Ana confessa: com o tempo, se apaixonou por Marcelo. Mas ele não correspondeu de primeira.
— Acabei sendo mais romântica. Mas ele queria curtir a vida. Até que um dia falei: chega, né? Aí arranjei um namorado. Por coincidência, estudava na mesma escola que o Marcelo. Foi aí que ele começou a ficar com ciuminho e veio falar comigo — recorda Ana.
O primeiro beijo rolou numa sexta-feira de Carnaval, às vésperas do aniversário de 16 anos de ambos. Foi o suficiente para constatar que ia dar namoro. E em 22 de julho daquele mesmo ano, o relacionamento se tornou oficial. Em 2019, eles comemoram 30 anos deste dia.
A dica de como manter um relacionamento tão duradouro é sentir aquele frio na barriga que sentiram três décadas atrás. Hoje em dia, avalia Marcelo, as coisas estão mais fáceis com aplicativos e internet, mas para ele, nada compra a emoção que é ter aquela ansiedade por encontrar a pessoa e o nervosismo dos primeiros beijos.
— Lógico que tem discussões. Mas antes mesmo de casar, criamos uma regra de não ficarmos muito tempo brigados. De resolver o impasse o mais rápido possível, antes de ir dormir — sugere ainda Marcelo.
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A sorte também acompanha este casal. Marcelo e Ana são muito parecidos: gostam dos mesmos filmes, seriados, de viajar. Agora, estão planejando a comemoração dos 50 anos deles. Se tudo der certo, passarão o 14 de fevereiro no clima romântico dos Estados Unidos neste período.
— A gente é muito parceiro. Não tem essa de sair sozinho. Se eu quero ir no shopping, ele fala que vai junto. Não por uma obrigação, mas pelo querer, pela companhia, parceria. Acho que isso nos resume. Somos um casal parceiro. Podemos dizer que somos melhores amigos — resume Ana.