Mais de 70 mil pessoas devem passar pelo cemitério São Francisco de Assis, no bairro Itacorubi, em Florianópolis, ao longo deste Dia de Finados. O local recebe pessoas de diversos credos e religiões e é considerado o maior cemitério do Estado, com 36,7 mil sepulturas.

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De acordo com Alexandre Magno, chefe da divisão de cemitérios da prefeitura, na manhã desta quinta-feira, 2, o movimento foi mais intenso, especialmente durante a missa celebrada pelo Arcebispo Dom Wilson, às 10h. No ano passado, o cemitério recebeu cerca de 50 mil pessoas. Para este ano, a expectativa é maior em função do dia ser de passe livre em toda a Grande Florianópolis.

Por volta das 15h, muitos familiares rezavam junto aos túmulos sob o sol forte e o calor de 25ºC. Esse era o caso da família de Carla da Silveira Costa, 38 anos, que prestava homenagens ao pai, Ivan Carlos da Silveira, que faleceu há três meses. Outras cinco pessoas da família estão sepultadas no local. A família, que mora no bairro Tapera, no Sul da Ilha, conta que tem a tradição de frequentar o cemitério no Dia de Finados e pretende estimular hábito nas crianças.

— Como é algo muito recente, nós visitamos ele toda a semana e hoje, no Dia de Finados, não poderia ser diferente, nós já estivemos aqui na segunda e hoje novamente. Hoje o cemitério parece mais organizado, tem outras vezes que a gente vem aqui e tem muito lixo, agora tá tudo limpo, o mato foi capinado — relata Carla.

Na tarde de quarta-feira, 1º, foi relatada falta de água no cemitério, dificultando o trabalho das famílias que pretendiam limpar os túmulos dos familiares. Jardel Roberto, que mora na região e tem parentes sepultados no local, conta que o problema é recorrente desde sexta-feira. Nesta quinta, o abastecimento estava normalizado no local, as caixas d’água estavam cheias e apenas algumas torneiras apresentavam problemas.

Junto ao fluxo constante de pessoas entrando e saindo, um caminhão também circulava pelo cemitério para recolher o lixo deixado após a limpeza dos túmulos. Até a tarde de quarta-feira, 58 toneladas de resíduos haviam sido coletadas. Um veículo da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef) também percorria o cemitério para auxiliar no deslocamento de pessoas idosas ou com deficiência pelo local, que tem mais de 90 mil metros quadrados.

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