O Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta quinta-feira (29), este ano tem como tema os danos causados pelo tabagismo para a gestação e o bebê. O objetivo é incentivar mulheres a pararem de fumar durante a gravidez.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituído em 1986, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira em relação aos riscos à saúde e aos danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
Este ano em Santa Catarina, o foco é em ações que incentivem mulheres a pararem de fumar na gestação. O hábito afeta diretamente o feto e a mãe, assim como recém-nascidos, crianças, adolescentes e jovens que convivem no mesmo ambiente.
— Os malefícios do cigarro já são conhecidos para os adultos e para os bebês, ele também traz uma série de problemas. As toxinas do cigarro ultrapassam a placenta e com isso causam vários efeitos adversos, como restrição do crescimento, nascimento com peso inferior, malformação congênita, podem desencadear parto prematuro e até mesmo morte fetal ou abortamento — explica Camilo Fernandes, médico pneumologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Continua depois da publicidade
O médico ainda faz um alerta em relação às mães que voltam a fumar logo após o nascimento dos bebês:
— Esse bebê exposto à fumaça do cigarro, no mesmo ambiente da mãe, pode desenvolver diversos problemas respiratórios, com maior risco de infecções respiratórias, otite, sinusite e até mesmo asma. Além disso, o fumo passivo aumenta o risco de morte súbita desse bebê. Sem falar da exposição crônica à fumaça que pode desencadear doenças cardíacas e até mesmo câncer.
Tabagismo em SC
Em 2023, 10.744 pessoas procuraram tratamento para parar de fumar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina. Destes, 8.236 tinham entre 18 e 60 anos, 2.393 de 60 anos ou mais e 115 tinham 18 anos ou menos.
Destas pessoas, 42% conseguiram largar o vício. Segundo Adriana Elias, enfermeira e coordenadora Estadual de Controle do Tabagismo, a maioria dos fumantes faz entre três e quatro tentativas até parar de fumar definitivamente.
Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico – (Vigitel 2021) mostram que o uso de produtos de tabaco fumado é mais frequente do que o de produtos não fumados, sendo mais relevante na forma de cigarro industrializado.
Continua depois da publicidade
Em Florianópolis, segundo a mesma pesquisa, 8,8% da população maior de 18 anos é fumante, e a maioria é homem.
Desde abril deste ano, é proibido fumar cigarro e derivados de tabaco em parques e playgrounds públicos e privados. A multa é de R$ 840 para quem infringir a lei estadual. O texto complementa a legislação de 1989, que proíbe fumar em locais fechados.
Leia também
FOTOS: Como ficou a nova emergência do hospital Celso Ramos, em Florianópolis
SC tem 334 mortes por dengue e número de casos prováveis é 148% maior do que em 2023