Hoje, 13 de setembro, é o dia da granzosa, mangabinha e venenosa. Da patrícia, mateus e aninha. Da limpa-olho, tira-vergonha e cobertor-de-pobre. É o dia da cachaça – bebida exclusiva e genuinamente nacional e palavra com 422 sinônimos no dicionário Houaiss.
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A data foi criada em 2009 pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e já é celebrada por produtores. Mas o projeto de lei que institui o Dia Nacional da Cachaça, de autoria do deputado catarinense Valdir Colatto, ainda tramita na Câmara dos Deputados.
Em sua justificativa para a data, Colatto afirma que são produzidos mais de 1 bilhão de litros de cachaça por ano no país, com o número de produtores chegando a 40 mil. No entanto, menos de 1% é exportado. O principal mercado é a Europa. Logo depois vêm os Estados Unidos. No total, entre 50 e 60 países compram cachaça.
A data criada pelo Ibrac faz referência ao 13 de setembro de 1661, quando a bebida foi legalizada por ordem real de Portugal. A legalização foi consequência da Revolta da Cachaça, ocorrida um ano antes e liderada por produtores fluminenses.
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Registros históricos dão conta que a bebida já era consumida no Brasil no século anterior, a partir da segunda metade dos anos 1500.
Reza a lenda que a bebida foi descoberta acidentalmente depois que escravos perceberam que a espuma das garapas jogada nas cocheiras deixava os animais revigorados. Eles então começaram a consumir essa espuma para se sentirem alegres. Esse fato chegou aos ouvidos dos senhores de engenho, que aplicaram ao resíduo da cana técnicas de destilação, dando origem à cachaça.
Embora de origem popular, a cachaça entrou recentemente na lista das bebidas mais caras do mundo. Uma garrafa de cristal com pedras preciosas e armações em prata e ouro contendo a Velho Barreiro Diamond custa R$ 212 mil.
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Trata-se de uma série limitada com venda prevista de apenas 60 unidades. A mesma cachaça, mas em embalagem normal, custa de R$ 90 a R$ 120.