Uma reunião do Conselho Consultivo do Figueirense nesta quarta-feira, às 19h, ditará o ritmo para a solução da crise que afeta os bastidores do clube. No encontro, o mandatário Cláudio Honigman terá a oportunidade de apresentar um cronograma de ações e investimentos da Elephant visando equacionar as pendências contratuais.
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Responsável pela gestão do Alvinegro, a empresa foi notificada na última segunda-feira pelo Conselho Administrativo do clube por descumprir algumas cláusulas firmadas no contrato. Honigman, responsável pela Elephant, recebeu o prazo de 60 dias para adequar as ações ao que está no documento.
– A nossa expectativa é de que ele (Cláudio Honigman) venha a regularizar a situação, até porque essa foi a manifestação dele após a notificação – garante o presidente do Conselho Deliberativo, Francisco de Assis Filho, o Chiquinho.
Ainda de acordo com ele, a notificação da empresa é um procedimento previsto no próprio contrato e não significa necessariamente a intenção de rompimento da parceria.
– Há a impressão de que o Conselho do clube está cumprindo uma etapa para a rescisão do contrato com a empresa, quando, na realidade, nos interessa muito mais que as coisas se resolvam nesse prazo de 60 dias – complementa Assis.
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No encontro desta noite, que já estava agendado antes mesmo da notificação – o Conselho Consultivo do Figueira faz reuniões mensais, a expectativa é de que Honigman apresente o cronograma financeiro da Elephant para atender as exigências que não foram cumpridas.
– A partir daí nós vamos ter uma ideia do que acontece daqui pra frente – projeta o presidente do Conselho Deliberativo, que estará presente na reunião.
Além dele, também participaram do encontro, como membros do Conselho Consultivo, os presidentes do Conselho Administrativo, Luiz Fernando Phillipi, do Conselho Fiscal, Luiz Ângelo Sombrio, os conselheiros Júlio Gonçalves e Roberto Costa, e claro o presidente do Figueirense Ltda., Cláudio Honigman.
Resposta para questionamentos
Por meio da assessoria de imprensa, o Figueirense Ltda. afirmou que pretende tomar todas as medidas necessárias para responder aos questionamentos da Associação Figueirense.
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– Tais medidas buscam resolver, de forma integrada, as pendências do passado e, conforme acordado conjuntamente com o Conselho, seguir trabalhando não só para a manutenção, mas o fortalecimento da parceria – diz a nota.
Na segunda-feira, Honigman, em pronunciamento, afirmou que a Elephant não deixará o comando do clube, destacou o acúmulo de dívidas nas gestões passadas do Figueira e afirmou ter o total apoio dos conselheiros do clube para solucionar a situação.
Itens não cumpridos
Repasses financeiros de arrecadação de sócios, de renda de bilheteria e investimentos no estádio Orlando Scarpelli estão entre os itens que não estão sendo cumpridos pela Elephant.
De acordo com o contrato, a empresa precisa repassar à Associação Figueirense 10% do valor recebido pelos sócios mensalmente, com piso de R$ 50 mil e teto de R$ 70 mil.
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– Isso jamais foi feito, desde o início do contrato – afirma Chiquinho de Assis.
O contrato também prevê que a empresa repasse 10% da renda dos jogos no Scarpelli à Associação.
– Na verdade, são inúmeras cláusulas, há cláusulas financeiras, há cláusulas que não são financeiras. Na realidade, isso é um acúmulo de itens que não vem sendo cumpridos desde 2017 – resume o presidente do Conselho Deliberativo.