Dez tartarugas foram encontradas mortas em nova ação de fiscalização de ambientalistas em Barra velha. A situação foi registrada na região da boca da barra, do rio Itapocu. Situação semelhante aconteceu no início deste ano, em janeiro de 2020, quando 25 tartarugas foram encontradas mortas no mesmo local durante ação de limpeza das praias.
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Desta vez, algumas delas estavam em avançado estado de decomposição, o que indica que estão no local há mais tempo. Outras ainda estavam inchadas e molhadas o que, segundo os especialistas, indica que os animais foram mortos há pouco tempo.
A estimativa é de que, só neste local, cerca de 80 tartarugas marinhas já tenham sido enterradas. Há a suspeita de que elas tenham sido despejadas ali depois de serem enroladas em redes de pesca conhecidas como “feiticeiras”, que são fixas e proibidas em todo o litoral de Santa Catarina justamente por provocar a morte de animais marinhos.
Segundo a Fundação de Meio Ambiente (Fundema) de Barra Velha, não é possível fazer a fiscalização de todos esses locais em tempo integral uma vez que a cidade tem cerca de 17 quilômetros de praias. Segundo a fundação, havendo denúncia, os ficais vão ao local, recolhem o material e fazem ações de conscientização.
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A Polícia Militar Ambiental também informou que é difícil fazer o flagrante dessas situações, mas que vem aumentando a fiscalização nessa região. Já a Polícia Civil informou que não houve registro de boletim de ocorrência na descoberta do primeiro cemitério de tartarugas, em janeiro deste ano, e que, por isso, nenhuma investigação foi feita até o momento.
A pena para quem for pego usando a rede feiticeira é de um a três anos de prisão ou multa.