Dez migrantes que participaram em julho de uma violenta invasão ao duplo muro fronteiriço entre Marrocos e o enclave espanhol de Ceuta foram detidos nesta terça-feira (28) – informou a Guarda Civil.

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Os dez migrantes da África subsaariana foram detidos no centro de retenção de imigrantes dessa cidade espanhola, disse à AFP um porta-voz da Guarda Civil, sem especificar suas nacionalidades.

Contra os dez pesam acusações de organização criminosa, atentado a agente de autoridade e danos e lesões.

“Entre os dez detidos, está o que se supõe que tenha sido o cabeça do assalto de 26 de julho passado”, quando 15 guardas civis ficaram feridos, acrescentou o porta-voz.

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Nessa data, 602 migrantes subsaarianos conseguiram ultrapassar o duplo muro metálico que separa o Marrocos do território espanhol norte-africano de Ceuta.

A diferença nesse episódio foi o uso de cal e de excrementos contra os agentes, o que foi energicamente denunciado pelas associações da Guarda Civil e recebido com preocupação pelo governo espanhol.

No final de agosto, outros 116 migrantes entraram em Ceuta de forma similar, mas, no dia seguinte, foram expulsos para o Marrocos, o que foi criticado pelas ONGs.

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Desde o início do ano, 4.382 migrantes entraram por via terrestre em Ceuta e Melilla, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), uma agência especializada da ONU.

A Espanha é, atualmente, a primeira via de entrada de imigrantes em situação irregular na Europa, de acordo com a OIM, com mais de 32.000 chegadas por mar e terra desde o início do ano.

* AFP