Uma cerimônia civil e religiosa será celebrada nesta sexta-feira na Penitenciária Industrial Jucemar Cesconetto, em Joinville. Dez detentos do regime fechado irão oficializar a união com suas companheiras às 19h30. Durante a manhã, às 9h30, uma solenidade marca a inauguração do complexo prisional considerado modelo no sistema brasileiro.
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O casamento tem previsão de durar 1h30 e será embalado por canções gospel da banda “Acordes Para a Liberdade”, formado por detentos com habilidades no violino, bateria, guitarra e violão. Uma pianista da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil irá tocar a marcha nupcial com um violinista que cumpre pena.
– A celebração será no pátio interno. O local recebe uma decoração de casamento para descaracterizar o ambiente prisional – explica a Jaqueline Fachini, gerente de Saúde, Ensino e Promoção Social da Penitenciária Industrial de Joinville.
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– O casamento é uma questão de direito do apenado e eles compreendem que é importante para vida deles e das companheiras – ressalta Jaqueline.
Cada casal poderá levar dez convidados e os casais estarão vestidos de social e noiva como manda o figurino. Depois haverá confraternização custeada pelos detentos que trabalham na unidade. É a segunda vez que um casamento comunitário é realizado no local, o primeiro foi em outubro do ano passado.
A Penitenciária Industrial de Joinville tem 646 detentos, dos quais, 156 do regime semiaberto e 494 do fechado. Foi construída, equipada e é mantida pelo Governo do Estado ao custo de R$ 2,2 milhões por mês. A reincidência ao crime é de apenas 23 % quando em outras prisões o percentual chega a 80%.
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A ressocialização dos apenados reúne o trabalho, o estudo e também acompanhamento de saúde e espiritual. Dez denominações religiosas diferentes fazem evangelização no complexo prisional.