– Apesar de tudo, nunca perdi a fé e o otimismo! E não abria mão do bom humor. Quando familiares olhavam para mim com pena, eu dizia: ‘Eu não vou morrer! Não é qualquer coisa que vai me matar! Doenças estão aí para serem tratadas e curadas.’

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A frase de Maria Trindade Isotton, 56 anos, diz muito sobre a personalidade desta mulher alegre e cheia de energia. Para ela, a receita para superar um problema é bem simples: fugir do pessimismo. Foi assim que lidou com o câncer de mama há dez anos, e também com outros contratempos que precisou enfrentar naquela época.

Pouco antes de fazer a cirurgia para retirar o tumor, ela caiu e sofreu várias fraturas no rosto. Por causa dos machucados, Maria Trindade precisou esperar mais um mês até a operação para, antes, submeter-se à correção na face.

– Foi o mês mais difícil da minha vida. Tinha medo de que o câncer alojado na minha mama esquerda crescesse – comenta. Mesmo assim, ela garante que nunca deixou de sorrir, agarrou-se à sua fé e seguiu todas as orientações médicas com a certeza de que daria certo.

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Após os 30 dias de espera, Maria Trindade finalmente retirou o nódulo e fez o tratamento. Como a quimioterapia não foi tão agressiva, o cabelo não caiu, apenas ficou mais fino. A solução? Deixou bem curtinho e pronto! E assegura que, mesmo que tivesse perdido os fios, não teria problema nenhum porque desde a juventude adora usar lenços, chapéus e turbantes.

– Usei muito esses três acessórios e ainda uso de vez em quando. Me sinto esplendorosa -, ri.

Para ela, a autoestima independe do estado físico, está, na verdade, mais ligada ao lado emocional. O importante é sentir-se bem e estar rodeada de pessoas que lhe fazem bem, por isso, qualidade de vida é uma de suas maiores preocupações e, hoje, ela garante que a palavra câncer não a assusta porque sabe que é uma doença que pode ser tratada e curada.

– Encarei o problema com coragem e fé. Procuro levar uma vida supersaudável , faço exercícios, jogo golfe, enfim, estou muito feliz.

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O golfe, aliás, é um dos passatempos prediletos dela. Toda quinta ela se reúne com outras amigas para praticar o esporte que descobriu aos 40 anos e que, segundo ela, é mais do que uma atividade física, funciona quase como uma terapia.

Maria Trindade diz ainda que se considera uma pessoa de sorte por ter descoberto a doença no estágio inicial para tratá-la a tempo e reforça:

– Às vezes, a diferença entre a sorte e o azar, a saúde e a doença, a vida e a morte está numa ida ao médico, num exame que estávamos com preguiça de fazer. Tive a sorte de descobrir o nódulo cedo.

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