A prefeitura de Balneário Camboriú montou uma operação para devolver à Praia Central a areia que foi carregada pela ressaca do fim de semana para a Avenida Atlântica. O problema é que o cronograma coincidiu com um ensolarado feriado, e o resultado é esse da foto: máquinas pesadas circulando em meio aos banhistas _ entre eles muitas crianças _, numa convivência perigosa.

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Responsáveis pela Secretaria de Obras não foram localizados nesta quarta-feira para comentar o caso.

Polêmica

Aliás, retirada da areia acabou resultando em saia-justa para a prefeitura. Vídeos postados nas redes sociais questionaram o recolhimento do material, e culparam a Fatma por um suposto embargo da devolução da areia à praia _ o que foi negado pelo órgão ambiental.

O gerente regional da Fatma em Itajaí, Arno Gesser Filho, diz que o órgão não foi sequer consultado sobre a destinação da areia. Segundo ele, caso houvesse sido questionada a respeito a Fatma recomendaria a devolução, para que a dinâmica da praia não fosse prejudicada. As acusações fizeram a gerência encaminhar o caso para a procuradoria do órgão, para que tome as providências legais.

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A Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) esclareceu que houve um mal entendido, em razão de uma norma interna que determina que a areia que fica sobre a pista, e é recolhida na varrição diária, seja descartada. Diante do procedimento-padrão, os responsáveis pela limpeza pública decidiram fazer o mesmo com as várias toneladas de areia que tomaram a avenida.

O material recolhido foi levado para o Parque Raimundo Malta (o que também provocou estrenheza na Fatma, já que se trata de uma unidade de conservação). Por fim, após consultar técnicos e o Ministério Público, a Emasa voltou atrás e devolveu boa parte da areia à praia. Um tanto, aparentemente mais sujo, foi descartado.