
A última informação repassada por eles foi de que haviam chegado de avião, ontem, a Dakar, Capital do Senegal. Eles estavam impedidos de deixar o país desde 12 de abril, quando ocorreu o golpe militar no país africano.
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O grupo conseguiu deixar Guiné-Bissau porque o espaço aéreo foi reaberto, na última quinta-feira, por ordem da junta militar, e uma companhia aérea de Cabo Verde voltou a operar. De Dakar, eles pagariam outro avião a Lisboa, de onde embarcariam, finalmente, rumo ao Brasil.
A informação foi repassada por funcionários da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São José, na Grande Florianópolis, da qual os missionários fazem parte. O horário de chegada não foi confirmado por eles, que perderam o contato com o grupo de missionários.
O pastor Edson Fornazari informou por e-mail ao Diário Catarinense, na quinta-feira à noite, que se tudo saísse dentro do planejado, hoje à noite eles chegariam a Florianópolis.
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Havia 387 brasileiros no país africano. Os 10 evangélicos estavam em missão humanitária, quando foram surpreendidos pelo golpe militar, dois dias depois de desembarcarem. Como o espaço aéreo e as fronteiras foram fechadas, eles se viram impedidos de deixar o país. Hospedados em um hotel, passaram por algumas dificuldades, como racionamento de água, que estava sendo vendida a um preço muito alto.
Uma das preocupações era com o desfecho do golpe. Por isso, eles cogitaram até mesmo deixar o país por terra e seguir até o Senegal. Esse foi o caminho usado por outros brasileiros. O grupo também ficou na expectativa de que voos da companhia aérea portuguesa TAP voltassem a operar, mas nenhum se confirmou.
População se preparava para segundo turno das eleições
O golpe de Estado, ocorrido no último dia 12 aconteceu enquanto o país – um dos mais pobres do mundo – se encaminhava para o segundo turno da eleição presidencial, em 29 de abril. A disputa era entre Carlos Gomes Junior, o primeiro-ministro de Bissau, e Kumba Yala, que se negou a participar alegando fraudes no primeiro turno. Com o golpe, o primeiro-ministro foi detido.
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Acredita-se que ele tenha sido levado para um quartel militar guineense juntamente com o presidente interino, Raimundo Pereira.
Os catarinenses que estão na Guiné-Bissau
Ezequiel Montanha
Sonia Montanha
Timotio Gonçalves
Janete Gonçalves
Isaac Martins
Estela Monica Martins
Eduardo Nicolau Soares
Janes Almeida
Edson Fornazari
