Autor premiado de livros de horror e ficção, o norte-americano Nathaniel Kenyon começou recentemente a se aventurar pelos livros baseados em jogos de videogame. Seu primeiro trabalho foi StarCraft Ghost – Spectres, escrito a partir do roteiro da conhecida série de games espaciais. Estreando no Brasil com seu segundo livro do gênero, Diablo 3 – A Ordem, o escritor concedeu entrevista ao Segundo Caderno por e-mail.
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Zero Hora – Como foi o processo de produção do livro?
Nathaniel Kenyon – A preparação durou cerca de seis meses, entre pesquisas, leituras de tudo o que já foi escrito sobre o jogo e discussões com a Blizzard (produtora do game). Também tive acesso a documentos internos da equipe de criação e passei um bom tempo jogando Diablo, claro. Depois, foram outros seis meses escrevendo e editando. Eu realmente queria fazer isso direito para os fãs, por isso era importante saber tudo o que pudesse a respeito do game.
E a Blizzard é muito focada na criação das melhores novelas derivadas de seus produtos, então tive todo o apoio necessário.
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ZH – O alvo dos seus livros são os jogadores, então?
Kenyon – Acho que essa é a audiência mais óbvia, de pessoas que conhecem os jogos e encontrarão elementos nos livros que irão satisfazê-los, como personagens e lugares familiares. Mas eu e a Blizzard trabalhamos pesado para fazer de A Ordem um livro acessível para quem não conhece o jogo. Nesse caso, a intenção era reiniciar a franquia Diablo, trazendo a história do game para quem não a conhecia. E eu fiz isso usando Deckard Cain, que, por meio de suas memórias, reconta os eventos dos dois primeiros jogos de uma nova e excitante perspectiva. De qualquer forma, é um livro que deve ser divertido para qualquer um.
ZH – O mercado de livros baseados em games é antigo nos EUA, mas, no Brasil, está se popularizando agora. Como atrair os leitores para esse tipo de livro?
Kenyon – Acho que é o tipo de coisa que vem naturalmente para quem gosta de games. As pessoas tendem a se interessar pelo que lhes é familiar e vão querer saber mais sobre os personagens que jogam e amam. Os livros nos dão a chance de viver uma história de maneira profunda e podem oferecer insights e detalhes que passam despercebidos nos jogos. Se os livros forem escritos da maneira certa, têm grandes chances de se tornarem um sucesso por aí também.
ZH – Você joga videogame?
Kenyon – Jogo um pouco, não sou um grande jogador – infelizmente, não tenho muito tempo. Mas sou do tipo que não consegue parar de jogar quando começa, então preciso ter cuidado! Para jogatinas rápidas, gosto de títulos de esporte ou corrida. De vez em quando, jogo Call of Duty e Assassin’s Creed. Além dos jogos da Blizzard, que eu amo.
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