A temperatura em torno dos 9 graus negativos, o tempo fechado e a neve fina caindo no dia gelado de Detroit contrastam com o calor provocado pelos refletores, luzes e câmeras do Cobo Center. O Salão do Automóvel de Detroit movimenta a cidade com o clima de otimismo da recuperação da economia norte-americana.

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Para enfrentar os novos tempos, as três grandes norte-americanas e as estrangeiras apostam em novos modelos e aumentam as opções de carros compactos, dentro dos padrões do país, de híbridos e elétricos. Os estandes do Cobo estão mais verdes e, ao contrário dos últimos anos, são poucos os carros conceitos, que perderam espaço como estrelas para os modelos de série.

A Ford, a única das montadoras locais que não recebeu recursos do governo para sobreviver, anunciou que até 2015 deverá ter 25% dos carros movidos por eletricidade ou híbridos. Quem disse foi o principal executivo da empresa, Alan Mulally, na apresentação dos principais destaques da marca – entre eles, o Focus Eletric – desenhados a partir de uma plataforma global. Também foram apresentados dois modelos C-Max, um deles equipado com a tecnologia “plug-in”.

Mulally ressaltou ainda que para crescer globalmente seus planos são oferecer veículos que atendam às expectativas dos mais diversos tipos de consumidores: híbridos, híbridos “plug-in” (com bateria recarregável na tomada) e elétricos.

O híbrido Volt, da General Motors, que chegou ao mercado norte-americano en dezembro foi eleito O Carro do Ano. O Chevrolet custa U$ 41 mil, mas com os beneficios do governo o preço pode chegar a U$ 33 mil.

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A Porsche voltou ao Salão de Detroit com o 918 RSR, um esportivo de competição, equipado com um motor a gasolina e dois elétricos.

A Volkswagen confirmou o lançamento da familia UP de carros elétricos pra 2013.

A Toyota apresenta mais um Prius, o compacto C, destinado ao uso na cidade.

* Gilberto Leal viajou a convite da Anfavea