Preso pela polícia após ser reconhecido por testemunha, o suspeito de ter ateado fogo à casa da torcedora Patrícia Moreira confessou o crime. Na presença do advogado e com as mãos visivelmente queimadas, Elton Grais, 28 anos, justificou que se sentiu “anojado” e “ofendido” pelas atitudes racistas da gremista.
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– Ele disse que tinha bebido, passou na frente da cada dela (Patrícia) e viu a oportunidade. Pegou o isqueiro e colocou fogo nos entulhos que tinham embaixo da casa – relatou o delegado responsável pelo caso, Tiago Baldin.
Segundo o titular da 14ª Delegacia de Polícia da Capital, Grais, que é de pele parda e se disse eletricista, estava em prisão domiciliar há cerca de quatro meses e havia recebido liberdade condicional nesta quarta-feira. O incêndio foi provocado, portanto, poucas horas depois.
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– Ele tinha diversos antecedentes e condenações, incluindo tráfico de drogas, porte de arma restrita, roubo e furto qualificado – afirma Baldin.
Para o delegado, não restam dúvidas da autoria do crime. A prisão preventiva foi requisitada à Justiça e, até as 23h, a decisão ainda não havia sido divulgada.
– Temos certeza de que é ele e que agiu sozinho. As mãos dele estavam queimadas e a testemunha o viu com guarda-chuva próxima da casa pouco antes do incêndio começar. Até mesmo o guarda-chuva acabou sendo incendiado e jogado na casa – acrescenta Baldin.
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Ainda conforme o delegado, em nenhum momento Grais se mostrou arrependido e também não disse para que time torce.
ZH tentou contatar a defesa do suspeita, mas o advogado pediu à polícia que seu nome fosse preservado.
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