Mohamed Aalan, um palestino detido em Israel e em greve de fome há 60 dias, entrou em coma, indicou nesta sexta-feira seu advogado e o Clube dos Prisioneiros, uma organização palestina.
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A informação não foi confirmada do lado israelense.
“O hospital (israelense) onde está detido me informou durante a noite (de quinta-feira) que está em coma”, disse à AFP seu advogado, Khamil al-Khatib.
“Mohamed Aalan entrou em coma e se encontra agora sob respiração artificial”, disse à AFP Amani Sarahné, porta-voz do Clube de Prisioneiros.
Um porta-voz da administração penitenciária, interrogado pela AFP, disse não ter conhecimento desta informação.
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Aalan, acusado de pertencer à Jihad Islâmica, considerada uma organização terrorista por Israel, iniciou uma greve de fome em 18 de junho, segundo o Clube.
Seu destino se converteu em um quebra-cabeças para as autoridades israelenses, ao mesmo tempo em que a mobilização da opinião pública palestina é cada vez maior.
Seu advogado disse que as autoridades israelenses têm a intenção de alimentá-lo à força, uma medida polêmica que pode aumentar as tensões entre israelenses e palestinos.
Além disso, para que isso seja possível Israel teria que encontrar médicos dispostos a forçar Aalan a comer, algo que não é fácil, já que a Associação Médica Israelense se opõe a esta medida.
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O Comitê Internacional da Cruz Vermelha advertiu na semana passada que Aalan se encontrava em “risco de morte iminente”.
* AFP