Pelo menos três empresas firmaram convênio para oferecer postos de trabalho dentro da Penitenciária Industrial de Blumenau. As oficinas já estão funcionando e 192 presos trabalham em negócios do ramo têxtil, alimentício e metalmecânico, na manutenção do prédio e na cozinha. Eles recebem um salário mínimo e a remissão da pena (a cada três dias de trabalho, diminuem um da condenação).

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Além do trabalho, a partir de fevereiro as turmas de educação formal ministradas por professores do Centro de Educação para Jovens e Adultos (Ceja) serão retomadas com o início do ano letivo. Estão previstos 300 estudantes: cem em turmas de nivelamento (compatível com alfabetização e séries iniciais do ensino fundamental), cem no ensino fundamental e cem no ensino médio. Outros 45 detentos frequentam cursos profissionalizantes do Pronatec, ministrados pelo Senai – 20 em carpintaria e 25 de eletricista.

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Ainda este ano, uma nova turma de 20 presos também vai fazer o curso de corte e costura, que ainda será iniciado. No caso dos cursos profissionalizantes as turmas são rotativas – quando uma termina, outra começa -, ampliando as possibilidades de aprendizado para a maioria dos internos.

Presídio também conta com emprego e aulas para detentos

Atualmente o Presídio Regional de Blumenau tem 650 detentos, o que, segundo o gerente da unidade, Daniel de Sena, está dentro da capacidade atual da unidade. Destes, 120 ocupam postos de trabalho e outros 30 estarão empregados até o final de fevereiro, quando outras duas empresas iniciam atividades no local.

Em 2016, 45 detentos frequentaram as aulas ministradas por professores do Ceja, e a previsão é de que o número aumente este ano. Outro projeto em prática é o de remissão da pena por leitura, que ocorre em parceria com a Furb. O diretor explica que os detentos que participam recebem remissão de quatro dias por livro lido e podem ler um livro por mês.

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Para receber a remissão eles fazem duas provas, uma escrita e outra oral, e precisam atingir a nota mínima de 6 para receber a redução na condenação. Neste ano 40 detentos devem participar. Para o coordenador da Comissão de Segurança da OAB Blumenau, Rodrigo Novelli, a redução no número de detentos no presídio já representa melhora, mas o principal benefício, segundo ele, foi o incremento no número de agentes, o que contribui na ressocialização. Mesmo assim, ele ressalta que o grande problema da unidade é a estrutura.

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