Detentos e detentas da Penitenciária Sul, de Criciúma, produzem casas, colchões e cobertores para cães de rua da cidade. A ideia do projeto Minha Casa Pet surgiu da Pastoral Social da Igreja São Francisco de Assis, junto a voluntários da Rede de Apoio à Saúde Animal (RASA) e Apacri.
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Os detentos constroem os abrigos na oficina de marcenaria da penitenciária, enquanto as detentas ficam encarregadas da produção e doação de colchões e cobertores. Até o momento foram produzidas três casas como modelo para a sequência do projeto, e todas já foram doadas. Thayse Jose da Silva, é tutora de quatro animais, e foi uma das beneficiadas.
“Cheguei certo dia em casa e me deparei com uma cachorrinha e sete filhotes. Recebi ajuda de outras cuidadoras para a doação dos filhotes e castração da cachorra. Ela se tornou a quarta ‘moradora’ aqui em casa. Hoje ela se chama Mel, minha filha se apegou e deu o nome. Agora ela tem a sua própria casinha”, relata Thayse.
Veja imagens do projeto
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Parceria para viabilizar o projeto
Nessa semana as idealizadoras do Minha Casa Pet se reuniram com a Juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca de Criciúma, Débora Zanini, e o diretor da Penitenciária Sul, Johnny Cascaes Inácio, para oficializar a parceria.
“O projeto vai ajudar muito, tanto aos cães comunitários, que são cuidados nas ruas, e também pessoas que abrigam animais nas suas casas e não têm condições de comprar casinhas. O diretor da Penitenciária Sul, Johnny, e a juíza Débora Zanini, aprovaram imediatamente o projeto Minha Casa Pet”, explica Ana Sofia Schuster, coordenadora do projeto.
Conforme o projeto, ONGs, empresas e voluntários irão disponibilizar os materiais para confecção, enquanto a mão de obra será doada pelos detentos. Além das casinhas, também serão confeccionados cobertores e colchões, na oficina de costura da penitenciária feminina.
“É uma ideia maravilhosa, fantástica, pois a gente vai estar ajudando os cãezinhos de rua abandonados que precisam de auxílio e é uma forma de ressocializar os detentos, dar uma ocupação para eles, uma forma de fazer o bem comum para a nossa sociedade”, avalia a juíza Débora Zanini.
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As entidades que fazem parte do projeto já encaminharam um modelo de casinha que será padronizada para facilitar a construção. Também estão sendo recebidas doações de sobras de madeiras, pallets, telhas e material para confecção dos colchões e cobertores. O projeto também está buscando uma empresa que auxilie no transporte dos materiais e das casinhas prontas para os locais onde elas ficarão.
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