Eles cumprem pena por crimes diversos e, agora, têm a chance de prestar um serviço que salva vidas. É assim que um dos presos enxerga o futuro. Ele é um dos 16 integrantes do curso de socorrista, promovido por uma ONG na Penitenciária Industrial de Joinville.
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Sem se identificar, o apenado de 29 anos, que foi condenado por roubo, está empolgado para terminar o curso. Depois de nove anos cumprindo pena em regime fechado, ele tem esperança de alcançar o semiaberto para conseguir trabalhar fora da unidade. Assim, poderá exercer a nova profissão. Além disso, tem uma promessa a cumprir.
– Vou me especializar na área da saúde, pois quero cuidar dos meus pais -, disse ele, que está terminando o ensino médio e quer fazer um técnico de enfermagem.
O professor Maykon Marcos, que trabalha como socorrista há sete anos, fica orgulhoso dos alunos.
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– Eles aproveitam o tempo livre para estudar. Quando chego, estão com uma lista de perguntas em mãos -, enfatizou.
Os detentos participam de aulas práticas e teóricas por seis meses.Esta é a terceira turma de socorristas. Eles se formam aptos a enfrentar resgate em altura e veicular, atendimento a paciente com trauma, casos clínicos e emergências médicas.