Um dos detentos do Presídio Santa Augusta, de Criciúma, no Sul do Estado, que publicaram fotos em redes sociais de dentro da penitenciária com o uso de aparelhos celulares teve pena regredida aprovada pelo Juíz de Execuções Penais, Rubens Salfer. Os casos dos outros dois detentos que também publicaram fotos e acessaram redes sociais ainda não foram encaminhados ao Judiciário.

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A direção do Presídio Santa Augusta começou a investigar depois que o caso foi repercutido pela imprensa local. Um dos detentos estava em regime semi-aberto e tinha o pedido para regime aberto deferido, aguardava apenas alguns dias para sua liberação. Após a publicação das fotos e mensagens, o juíz decidiu pela regressão da pena e ele voltou ao regime fechado.

– Existem alguns indícios veementes de que esse recluso postava fotos e comentários em redes sociais, travava conversas com pessoas externas ao presídio. Segundo notícias, esse celular foi apreendido e o cidadão foi regredido para o regime fechado e já se iniciou o procedimento para que isso se efetive – relata Salfer.

O que mais preocupa o juíz é que os detentos façam outro tipo de contato com o mundo exterior. O uso de celular é flagrado constantemente, embora este caso tenha sido o primeiro envolvendo publicações online na região. Ao menos seis aparelhos são apreendidos por mês na unidade.

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– As ordens de alguns ataques do PGC saíram de dentro de estabelecimentos prisionais, não só em Criciúma, como de São Pedro de Alcântara, Joinville e outros lugares – diz.

O diretor do presídio, Jovino Zanelato, disse que ainda não dará declarações com relação ao ocorrido, embora tenha confirmado à reportagem da RBSTV que os três detentos foram identificados e isolados dos demais.

Na segunda-feira, Zanelato admitiu que o presídio não conta com um bloqueador de sinal de telefonia para evitar esse tipo de problema. O único equipamento disponível para a prevenção da utilização de celulares no Santa Augusta é um detector de metais.

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A Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania informou por meio de nota que, por enquanto, não existe prazo para instalação de um bloqueador na unidade prisional.