Um crime cometido dentro da Penitenciária Industrial de Joinville motivado por relacionamentos amorosos foi julgado nesta terça-feira, 30. O caso ocorreu em 9 de fevereiro do ano passado, quando Charles de Oliveira, de 25 anos, foi encontrado morto dentro da cela em que cumpria pena na penitenciária. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, havia pelo menos outros seis detentos na cela no momento do crime.

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Dois deles foram ao banco dos réus no Fórum de Joinville, já que não foi possível provar que os outros detentos participaram do homicídio: Diogo Alan de Souza e Jean Marcos Alexandre, que estavam presos por vários crimes.

Charles foi esganado e morreu por asfixia, o que é considerado um qualificador no homicídio pelo emprego de meio cruel na morte. Além disso, foi considerado que o assassinato foi causado por motivo torpe, o que é outro qualificador e aumenta a pena. Segundo a acusação, Diogo não aceitava que sua ex-esposa mantivesse relacionamento amoroso com Charles. Ambos integravam a mesma facção criminosa, que, de acordo com a denúncia, teria autorizado a execução da vítima porque a conduta não era tolerada entre os integrantes do grupo criminoso.

Diogo, que foi o mandante do crime foi condenado a 18 anos e Jean, que participou do crime, a 16 anos. O julgamento foi presidido pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski e não houve inquirição de testemunhas em plenário, que já foram ouvidas na fase preliminar. Apenas o acusado foi interrogado antes do início dos debates.

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