Mesmo com um dreno no pulmão, com algemas presas em uma das mãos e à cama, além de um marca-passo nas pernas, Sandro José Ferreira Zocchetto, de 23 anos, conseguiu fugir da Polícia Militar, que fazia sua escolta no Hospital Municipal São José, de Joinville.

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O sumiço foi sentido pela própria equipe médica que atendia o ex-foragido do Presídio Regional de Joinville. A situação causou tumulto e medo na unidade de saúde. Em menos de uma hora, dezenas de viaturas da PM procuravam o preso pelas redondezas do hospital.

Sandro está desaparecido há duas semanas e por enquanto não há pistas de seu paradeiro. A fuga na unidade de saúde abre um debate antigo: se houvesse ambulatório no presídio, talvez a situação tivesse sido evitada. E de quebra, traria segurança para funcionários e pacientes. Ninguém sabe, ninguém viu? Por enquanto, a pergunta mais instigante dos últimos dias não tem resposta.

Como Sandro conseguiu fugir do Hospital São José? As explicações ainda estão desencontradas e poucos funcionários da unidade viram ou quiseram falar sobre a fuga. De acordo com a Polícia Militar, dois presos eram escoltados por dois policiais na noite em que o fugitivo conseguiu burlar a vigilância, no dia 24 de julho.

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Segundo o comandante do 17º Batalhão da PM, Adilson Michelli – responsável pela escolta de presos – um dos policiais precisou ir ao banheiro, enquanto o outro ficou responsável pela vigilância. Isto teria durado apenas cinco minutos, afirmou o comandante.

Sandro teria usado uma barra de ferro para conseguir soltar as algemas e o marca-passo. Na unidade JS, setor onde ficam internados pacientes com AVC e onde ele estava, ninguém ouviu o barulho. A polícia não sabe como Sandro teve acesso à barra de ferro. Ajuda de familiares ou amigos não está descartada.

O detento ficou em um quarto perto de uma porta que dá acesso a um corredor e que leva a um corredor. Pelo corredor, Sandro conseguiria escapar para outras alas do São José e ganhar as ruas.

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A investigação da fuga é de responsabilidade do 8º BPM, que monitora o Centro, bairro onde está o São José. Foi aberto um inquérito policial militar, mas por enquanto, não foi divulgado nada. Segundo a direção do hospital, até a tarde de ontem, as imagens das câmeras de monitoramento da unidade não haviam sido solicitadas pela polícia.