Um detento foi morto por um colega de cela na Penitenciária Industrial de Blumenau na madrugada desta quarta-feira. De acordo com informações do delegado de Polícia Civil Egídio Ferrari, o apenado Felipe Albuquerque Ribeiro, 25 anos, teria confessado em depoimento que matou o colega durante a noite.

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O crime foi descoberto na manhã desta quarta-feira quando os agentes penitenciários foram fazer a contagem dos internos. O procedimento determina que todos os detentos saiam da cela para confirmar a contagem e, quando receberam a ordem apenas sete homens saíram – as celas da penitenciária tem capacidade para oito apenados. Neste momento, segundo o delegado, Felipe teria contado aos agentes que havia um colega morto dentro da cela e que ele seria responsável pelo crime.

O delegado Ferrari informou que Felipe relatou na delegacia que ele e o colega Edinho Leite, 34 anos, estariam conversando durante a noite sobre os relacionamentos que tiveram antes de serem presos. Segundo a versão do autor, Edinho contou de uma relação que teve com uma mulher pouco tempo antes de ser preso no ano de 2015, período em que Felipe já estava preso.

O detento contou ao delegado que pelas características informadas pelo colega ele concluiu que a mulher com quem Edinho disse ter tido um relacionamento era sua companheira:

– O Felipe disse que eles estavam conversando e o Edinho contando que teve um caso com uma menina em Gaspar e, resumindo, era a mulher do Felipe. Ele disse “eu tava preso nessa hora e ela solta, com meu filho e tal, aí eu falei ‘vou matar esse cara’ mas não falei nada para ele”.

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De acordo com o depoimento dado ao delegado, Felipe disse que esperou todos os colegas da cela dormirem, desfiou o cobertor, fez uma espécie de corda e asfixiou Edinho enquanto ele dormia. Segundo Ferrari, Felipe, que já cumpre pena por tráfico de drogas e roubo, será indiciado por homicídio duplamente qualificado: pela morte por asfixia e por utilizar recurso que dificulta a defesa da vítima.

Ele foi levado para a Central de Plantão Policial, onde foi registrado o flagrante do crime, e foi reencaminhado à penitenciária, onde vai continuar cumprindo a pena que já tem enquanto aguarda o julgamento do processo pelo crime de homicídio.