A divulgação de detalhes sobre como o assassino confesso de seis taxistas, Luan Barcelos da Silva, 21 anos, praticou as mortes em Santana do Livramento e em Porto Alegre ampliou ainda mais a revolta de parentes das vítimas do criminoso. Segundo a Polícia Civil, o atirador baleava os motoristas na cabeça sem anunciar o assalto e teria cometido os homicídios para embolsar um total de R$ 870.

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O trabalhador de serviços gerais Alex Sandro Oliveira Magalhães, irmão do taxista de Livramento Márcio Fabiano Magalhães Oliveira, encontrado morto no dia 28 de março, afirma não entender por que as vítimas não foram poupadas, já que o matador estaria atrás apenas de dinheiro. Por isso, demonstrou sentimentos conflitantes ao tomar conhecimento da prisão do suspeito, na manhã de domingo.

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– Por um lado, a gente fica um pouco mais conformado, se dá pra dizer assim, por ter sido preso o cara que cometeu essas atrocidades. Mas ao mesmo tempo aumenta o sentimento de revolta. Por que fez isso, por que não deixou todo mundo vivo? Por que tanta barbaridade com todos em troca de pouco mais que nada? – questiona o parente.

Familiar de outra vítima, Cledy Rolim Lecina, irmã do taxista de Livramento Enio Rolim Lecina, afirma que soube da prisão do assassino confesso pelo comentário de uma vizinha, já que desde as primeiras mortes evita ler jornais, ouvir rádio ou ver TV. Ela espera, agora, que o homicida seja condenado a uma pena que faça justiça aos crimes praticados.

– Bem feito que pegaram ele. Agora, tem de pagar pelo que fez. Mas será sempre uma coisa horrível saber que esse rapaz matou meu irmão, que era também meu amigo.

Alex Sandro afirma que uma das maiores preocupações dos parentes é evitar alegações que possam reduzir a responsabilidade de Luan sobre seus atos, como a hipótese de que teria problemas mentais.

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– Ele foi muito frio, ao matar as vítimas primeiro para depois roubar, e sabia muito bem o que estava fazendo – sustenta o irmão de um dos seis taxistas mortos.

Vídeo divulgado pela polícia mostra suspeito entrando em táxi de Porto Alegre na noite em que motoristas foram mortos:

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