O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira, dia 24, que o crescimento econômico do país tem se materializado de forma gradual, mas a percepção dos agentes está mais pessimista que a realidade.

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Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tombini voltou a chamar a atenção para o PIB de 6% em termos anualizados e a alta de 3,6% nos investimentos. Para ele, os fatores que sustentam a demanda brasileira continuam presentes, tais como o emprego e o crédito, e as perspectivas são de um crescimento maior em 2014, pois a depreciação do real frente ao dólar deve favorecer essa dinâmica.

Segundo ele, a indústria apresenta uma retomada gradual e as condições gerais de competitividade do setor melhoraram. Já o setor de serviços continua a se expandir, embora em um ritmo menos intenso do que em anos anteriores, admitiu Tombini.

O setor agrícola, por sua vez, continua a registrar recordes, e a previsão é que a safra deste ano cresça 15,5% em relação ao ano passado.

Sobre a crise global, o presidente do BC afirmou que as economias emergentes têm sido as mais afetadas, mas destacou que o Brasil se preparou para enfrentá-la.

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Câmbio

O processo de transição das condições monetárias da economia mundial continua, segundo avaliação de Tombini, mesmo com a manutenção das políticas de estímulo econômico nos Estados Unidos. O presidente do BC reforçou que não há novidades quanto à atuação diária do BC no mercado de câmbio, anunciada no dia 22 de agosto.

No último dia 18, o Federal Reserve (Fed – o Banco Central dos Estados Unidos) anunciou que vai manter o programa de estímulo à economia que irriga o mercado norte-americano com US$ 85 bilhões, em média, por mês.

A expectativa do mercado era que o Fed iniciasse a redução desses estímulos. Essa expectativa levou à alta do dólar no Brasil e em outros países, nos últimos meses. Com isso, o governo adotou, entre outras medidas, as intervenções no mercado de câmbio, para suavizar a alta da moeda.

Segundo Tombini, o programa de atuação diária no mercado cambial ‘está adequado e funcionando bem’. Tombini acrescentou que o programa trouxe tranquilidade aos agentes econômicos, que sabem que terão proteção cambial caso necessitem. Mais cedo, Tombini disse aos senadores que a percepção de muitos agentes econômicos está mais pessimista do que a realidade dos números.

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